Operação do GAECO expõe suposto envolvimento da ex-secretária de Antônio Furlan, Sandra Lacerda, em esquema criminoso

Operação do GAECO expõe suposto envolvimento da ex-secretária de Antônio Furlan, Sandra Lacerda, em esquema criminoso

Por Redação 

 

Nomes importantes da política amapaense podem estar ligados ao desvio de verbas públicas da Prefeitura de Mazagão, município localizado a 35 quilômetros de Macapá. Isso teria ocorrido mediante fraudes em processos de licitação e posterior lavagem de dinheiro.

O Ministério Público do Estado do Amapá chegou a essa conclusão após o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) realizar três mandados de busca e apreensão em empresas e quatro residências de suspeitos.

Os mandados foram executados em Mazagão, Macapá, Belém (PA) e Marabá (PA). Cabe ressaltar que em Belém as ações foram conduzidas pelo GAECO do Ministério Público do Pará, enquanto em Marabá, pela Polícia Civil do estado.

De acordo com as investigações conduzidas pela equipe de jornalismo do portal REGIÃO NORTE NOTÍCIAS, uma empresária de destaque no município de Mazagão estaria relacionada na lista do MP-AP. Ela comandava a Secretaria Municipal da Família (Semfa) até alguns meses atrás, quando a mesma foi criada pelo prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB), por meio da Lei Complementar 171/2023 PMM.

De acordo com as apurações da reportagem, a ex-ocupante do cargo teria sido abordada pelo prefeito para que deixasse sua posição, como se Furlan já estivesse por dentro das informações sobre uma possível ação das forças policiais. 

Relatos obtidos pelo portal confirmam, extraoficialmente, que o prefeito de Macapá já estava a par dos crimes que vinham sendo cometidos nos porões do executivo mazaganense, e do possível envolvimento da afamada empresária nas licitações fraudulentas. Ainda assim, por conta de tratativas firmadas nos escaninhos do Palácio Laurindo Banha, sede da Prefeitura de Macapá, ele articulou a nomeação dela para o comando da Semfa.

Essa revelação levanta sérias questões sobre a conduta do prefeito e sua cumplicidade com os crimes que vinham sendo cometidos. A nomeação da empresária para um cargo de destaque na administração pública, mesmo diante das suspeitas de envolvimento em licitações manipuladas, demonstra uma falta de compromisso com a transparência e a ética na gestão pública. A população de Macapá merece respostas e medidas concretas para combater a corrupção e garantir a integridade no serviço público. 

A segunda fase da Operação Cartas Marcadas foi deflagrada no início da manhã de quarta-feira, 03 de abril. Segundo a Procuradoria-Geral do Estado, responsável pela operação, a quadrilha teria cometido fraude em pelo menos 100 licitações, em contratos que totalizaram mais de R$ 150 milhões, no período de 2020 a 2023. Além disso, mais de R$ 200 milhões teriam sido movimentados nas contas bancárias dos envolvidos. Aproximadamente 60 suspeitos estão sob investigação.