Denúncia no CIOSP: empresário aponta envolvimento do secretário de Obras de Antônio Furlan em esquema de fraudes

Denúncia no CIOSP: empresário aponta envolvimento do secretário de Obras de Antônio Furlan em esquema de fraudes

Por Redação 

 

O secretário Cássio Rabelo é um propineiro", a acusação foi formalizada no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública do Pacoval (CIOSP/Pacoval) pelo empresário Claudiano Monteiro de Oliveira, proprietário da C.M. de Oliveira CIA Ltda, empresa que tinha contrato com a Prefeitura de Macapá para urbanização, paisagismo e aterro hidráulico da rua Beira-Rio, na orla de Macapá.

O "propineiro" ao qual Oliveira se referiu, em depoimento ao delegado Francisco Assis Pereira da Silva, é o titular da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura Urbana (SEMOB), Cássio Cleidsen Rabelo Cruz.

Embora advertido pelo delegado da gravidade da acusação, o empresário não se intimidou e afirmou que tem provas de que o secretário do prefeito Antônio Furlan (MDB) incorreu no crime de corrupção passiva, conforme está explícito no Código Penal, em seu artigo 317 (…“solicitar ou receber, para si ou para outros, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.”)

"Eu posso provar que paguei propina para o Cássio", garantiu Oliveira, afirmando para o policial à sua frente que guarda em seu escritório, na sede da C.M. de Oliveira, as provas do crime cometido por Rabelo Cruz. E que aguardaria ser intimado pela Justiça para apresentá-las durante provável audiência no tribunal.

Esse foi o desfecho de uma confusão que começou no canteiro de obras da C.M. de Oliveira, localizado na rua Beira-Rio, no bairro Santa Inês. Claudiano Monteiro de Oliveira, o empresário que denunciou o suposto esquema de corrupção nos bastidores da SEMOB controlado pelo auxiliar do prefeito Furlan, preparava-se para mais um dia de trabalho, organizando as equipes para dar prosseguimento à obra que realizava na área.

Alguns metros adiante, notou que trabalhadores da empresa Santa Rita Engenharia, de propriedade do empresário Rodrigo Queiroz Moreira, estavam construindo barracão e erguendo tapumes para isolar um determinado trecho da mesma praça onde a C.M. de Oliveira vinha atuando. Imediatamente, Oliveira se dirigiu ao local para saber o que estava acontecendo. Foi informado por Moreira, acompanhado por um suposto engenheiro civil chamado Roni, que fora contratado pela SEMOB para realizar os mesmos serviços da C.M. de Oliveira.

De uma pasta, Rodrigo Moreira retirou documentos para mostrar ao rival que sua empresa tinha sido contratada pela SEMOB com amplo apoio do secretário Cássio Cruz, e por um valor diferente do constante no contrato de Oliveira. Os dois se desentenderam, houve troca de farpas, acusações mútuas e promessa de judicilização da pendenga.

O clima entrou em ebulição vulcânica com a chegada de uma viatura da Guarda Municipal, hipoteticamente sob o comando da advogada Pamella Moreira, que se apresentou como assessora jurídica da SEMOB. Com apoio dos guardas, ela ordenou a imediata retirada dos trabalhadores e equipamentos da C.M. de Oliveira. As discussões ficaram mais acirradas, com Oliveira recebendo "voz de prisão" decretada por parte de um dos guardas sob a acusação de injúria, calúnia e difamação contra a suposta assessora que falava em nome de Rabelo Cruz.

Conforme Claudiano Monteiro de Oliveira informou no CIOSP do Pacoval, Pamella também se identificou como "procuradora do município de Macapá", e não somente falava em nome do secretário Cássio Cruz, mas, também, em nome do prefeito Antônio Furlan, enfatizou Claudiano ao delegado da Polícia Civil.