Chuva não afasta público da programação do Equinócio das Águas no Marco Zero do Equador

Richard Duarte Março 21, 2023 07:50 0

O Monumento Marco Zero do Equador, um dos principais pontos turísticos de Macapá, recebeu nesta segunda-feira, 20, uma diversificada programação para celebrar o Equinócio das Águas, fênomeno que marca a troca das estações fazendo com que o dia fique com a mesma duração da noite.

O tempo chuvoso não afastou o público, que participou de visitas monitoradas, oficinas de astronomia, teatro infantil, gastronomia, apresentações culturais, venda de artesanato, passeios ciclísticos, prática de kitesurf, além de demonstração de salvamento de rapel em altura.
O céu fechado não ajudou na visualização do fenômento, que aconteceu às 18h24. Quando há boa visibilidade, é possível ver o sol se posicionando no obelisco e projetando a sombra nos hemisférios norte e sul ao mesmo tempo.

O Equinócio das Águas marca a chegada da primavera, no hemisfério Norte, e do outono, no Sul do planeta. Uma descoberta que surpreendeu o pequeno José Taylor, de 11 anos, na primeira visita dele ao monumento Marco Zero.

"Achei bem legal. Nunca tinha vindo aqui ver o equinócio. Achei maneiro ver o pessoal escalando o Marco Zero. Toda vez que eu puder, vou voltar aqui para acompanhar de novo esse evento", destacou José.
Morando há quase 30 anos no Amapá, a paraense Severa Campos, de 56 anos, afirma que acompanhar o fenômeno é algo tão especial que virou, praticamente, uma tradição.

"É uma sensação diferente porque é algo que vem da natureza. É um privilégio poder acompanhar de perto o equinócio, por isso, todos os anos faço questão de estar aqui", destacou a servidora pública.

O equinócio acontece duas vezes ao ano, nos meses de março (Equinócio das Águas) e setembro (Equinócio de Primavera).
Valorização da cultura
A programação do Equinócio das Águas também contou com a apresentação de artistas locais e de grupos de marabaixo como o Raízes do Bolão, do quilombo do Curiaú.

A exposição fixa da Casa do Artesão no Monumento Marco Zero, também abriu as portas para receber o público e comercializar peças de artesanato e de produtos de origem tucuju.

Economia aquecida
Uma praça de alimentação também foi montada no espaço para que empreendedores pudessem vender lanches e comidas típicas. A Samia Shibayama, de 49 anos, aproveitou a oportunidade para garantir uma renda extra e obter novos clientes.

"Desfrutamos de tudo, do evento, das músicas, do rapel e, claro, aproveitamos para divulgar e vender as nossas comidas típicas, que é o nosso maior foco. Todo o evento que o Governo do Amapá disponibiliza pra gente, fazemos questão de participar”, ressaltou a empreendedora.