Mais de 2 milhões de reais recebidos por Rayssa Furlan constrange população amapaense em situação de vulnerabilidade social

Mais de 2 milhões de reais  recebidos por Rayssa Furlan constrange população amapaense em situação de vulnerabilidade social

Por Richard Duarte

 

Para quem está estreando na política, a candidata Rayssa Furlan (MDB) ainda comemora os mais de dois milhões de reais recebidos por ela provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o fundo partidário, definido pelo Congresso Nacional em quase seis bilhões de reais para as eleições deste ano.

O valor agora em mãos da primeira-dama de Macapá, é bem maior do que alguns candidatos e candidatas com mais quilometragem em campanhas eleitorais têm a disposição. São quantias irrisórias diante da fortuna depositada na conta da ex-secretária de Mobilização e Participação Popular.

O dinheiro público abocanhado por Rayssa como postulante ao Senado surpreendeu experientes observadores da política local. No entendimento deles, a emedebista não precisa desse montante por ser oriunda de família abonada, com posses, e por exercer a Medicina, uma profissão altamente rentável. "Rayssa estudou nas melhores escolas, sempre teve uma vida de fartura. Receber toda essa bolada dos cofres públicos para gastar em política é uma afronta à população amapaense em situação de vulnerabilidade", avalia o cientista político Amarildo Dantas, pesquisador e professor universitário.

Procurada pela reportagem do site REGIÃO NORTE NOTÍCIAS, a candidata não retornou as ligações. A assessoria dela também não quis comentar o valor do fundo partidário repassado à campanha da emedebista. Por algumas horas, os números dos celulares de alguns auxiliares de Rayssa ficaram mudos. 

Além do escandaloso recurso do fundo partidário recebido pela aspirante ao Senado, outra celeuma provoca rachaduras nas bases de sua campanha eleitoral. Trata-se do recente rompimento político entre Gilvam Borges, candidato ao governo do Estado, e o prefeito de Macapá, Antônio Furlan (Cidadania). Com o anúncio feito pelo cacique do MDB Amapá, e divulgado por toda a imprensa na tarde de quinta-feira, 1 de setembro, a candidatura de Rayssa começa a desmoronar como uma fortificação construída sobre a areia movediça.