Troca de Guaracy Junior por Rayssa Furlan pode resultar em fracasso eleitoral para Jaime Nunes 

Troca de Guaracy Junior por Rayssa Furlan pode resultar em fracasso eleitoral para Jaime Nunes 

Por Richard Duarte

 

 

Em queda livre nas pesquisas de intenção de voto realizadas por institutos de altíssima credibilidade, como a Quaest Pesquisa e Consultoria, o candidato do PSD ao governo do Estado, Jaime Nunes, não está conseguindo manter em sua base de apoio antigos aliados com quem se comprometera ainda na pré-campanha.

Exemplo é o pastor evangélico Guaracy Junior, candidato ao Senado pela coligação "Destrava Amapá" (PTB/PSD/PSC/AGIR/PROS). Recentemente, ele anunciou rompimento com o vice-governador alegando desrespeito à leia da reciprocidade (também conhecida como a regra de ouro, seguindo a premissa de que devemos tratar o outro como gostaríamos de ser tratados).

Guaracy contava com Nunes para suplantar seus concorrentes ao mesmo cargo nas eleições deste ano, mas o empresário traidor de seus apoiadores de primeira hora optou por Rayssa Furlan, mulher do prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB).

Um clássico caso de traição político-partidária.

Na opinião de Amarildo Dantas, pesquisador e professor universitário, Jaime Nunes parece disposto a "fazer o diabo" para ganhar a eleição. "Ele vem usando toda forma de abuso, intriga, fraude, e recursos transversos. Não importa se são irregulares. O objetivo final é assegurar ganhos eleitorais", afirma.

Dias atrás, Guaracy Junior foi ao Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) para impetrar representação por "veiculação de propaganda irregular" contra Jaime Nunes e Rayssa Furlan. Guaracy alegou que Nunes violou a legislação vigente ao aparecer em vídeo de campanha eleitoral ao lado da emedebista. De acordo com decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), partidos coligados para concorrer ao governo do estado não podem fazer outra aliança para o cargo de senador de outra coligação.

A manobra de Jaime Nunes em direção à Rayssa Furlan já entrou para a história das campanhas eleitorais no Amapá como um dos maiores erros de estratégia política já cometido por um postulante ao governo do Estado.

Ao tornar público o apoio à primeira-dama de Macapá, o social-democrata esqueceu que Guaracy Junior é líder político e religioso da Igreja do Evangelho Quadrangular, hoje com quase 29 mil membros atuantes. Multiplicando esse número por quatro (uma família com quatro pessoas), temos 116 mil pessoas.

É preocupado em perder esta verdadeira mina de votos que Nunes vem telefonando insistentemente para Guaracy Junior, e tem sido solenemente ignorado.