Da base de Furlan, Caetano Bentes, vereador com fala homofóbica tenta reeleição após dizer: Carnaval é coisa de veado

Candidatura de Caetano Bentes enfrenta crescente rejeição no meio carnavalesco de Macapá. Entenda o por quê

Por Redação 

 

 

Candidato à reeleição para o cargo de vereador na Câmara de Macapá pelo PODEMOS, Manoel Caetano Bentes Monteiro Neto, ou somente Caetano Bentes, vem ilustrando as lembranças de inimigos ocultos ou declarados sobre o embate que travou com Marcelo Zona Sul, presidente do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Piratas da Batucada, por conta de opiniões divergentes sobre o carnaval de 2023. 

Durante a discussão, pelo aplicativo de mensagens WhatsApp, Bentes disse ao dirigente que "quem gosta[va] de escola de samba é]ra] viado".

Desde então, Bentes tem sido alvo de críticas e ataques por parte de amigos e apoiadores de Marcelo Zona Sul, que não concordaram, e nem concordam, com suas posições em relação ao carnaval amapaense. A disputa entre os dois contendores esquentou bastante nas semanas seguintes, com trocas de acusações e tentativas de desqualificação mútua. 

A opinião homofóbica do vereador começa a ser relembrada justamente neste período de campanha política, exatamente quando Bentes enfrenta forte resistência popular para ter seu nome avalizado nas urnas e assim garantir seu retorno ao legislativo municipal em 2025.

Carnavalescos de todas as agremiações estão indignados com o que chamam de "desfaçatez" de Caetano Bentes em "ter coragem" de ainda bater nas portas dos barracões para cabalar votos em favor de sua candidatura. "Esse cara não tem vergonha na cara?" pergunta um deles, referindo-se ao que Bentes disse no passado: "quem gosta de escola de samba é viado." 

Outras peripécias nada republicanas atribuídas ao vereador Caetano Bentes também estão emergindo do poço de águas turvas no que se transformou sua trajetória política em Macapá.   

Uma delas teve como protagonista o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amapá, Décio Melo. Em 2018, ele teria emprestado para Caetano Bentes a bagatela de R$ 328.122,36.

Na ocasião, Bentes fazia parte da Comissão de Transportes da Câmara de Vereadores como 1º secretário na mesa diretora e pertencia ao alto clero do parlamento mirim. Também, com o vereador Alexandre Azevedo, exerceu forte liderança de governo na CVM como um dos mais atuantes interlocutores da "tropa de choque" do prefeito Antônio Furlan (MDB) na questão da licitação do transporte público, sempre defendendo os interesses do chefe em detrimento das necessidades da população macapaense.