Prefeito Furlan gastou dinheiro público para realização pessoal de esposa: ser dançarina do grupo É O TCHAN
Por Redação
"Sonho que se sonha só / É só um sonho que se sonha só / Mas sonho que se sonha junto é realidade”, já dizia Dom Raulzito para os íntimos, Raul Seixas para milhares de fãs espalhados Brasil afora, entre eles está o médico Antônio Furlan, ex-deputado estadual e prefeito de Macapá desde 2020. Furlan começou a tirar o sentido da famosa frase-letra da canção Prelúdio interpretada pelo roqueiro quando percebeu que, como gestor da capital amapaense, poderia realizar os sonhos primaveris de sua mulher, a também médica Rayssa Furlan, trazendo para se apresentar em Macapá, cantores, cantoras e bandas de seus tempos de juventude.
Há mais de 150 anos, o escritor francês Marcel Proust descreveu o perfil de pessoas como Antônio Furlan em um verdadeiro exercício de futurologia. Segundo Proust, homens como Furlan são capazes dos "(...) maiores sacrifícios pela criatura amada, mas, às vezes, ao sacrifício do nosso próprio desejo, aliás, tanto menos satisfeito quanto mais se sente amada a criatura que cortejamos". Impulsionado por esses arroubos, o prefeito de Macapá não tem medido esforços para contentar sua amada, realizando os antigos sonhos dela em conhecer pessoalmente seus ídolos musicais como "É o Tchan", Charlie Brown Jr, Ferrugem, Angra, Joelma.
Seria o enredo perfeito de um roteiro para uma comédia romântica se não fosse por um detalhe: para transformar em realidade os sonhos de sua mulher, Antônio Furlan vem utilizando recursos públicos obtidos por meio de impostos pagos pelo contribuinte macapaense. Assim, é muito fácil aparecer saracoteando e aos beijos em videozinhos veiculados nas redes sociais. Faz lembrar um famoso político que respondeu à Justiça de São Paulo quando interrogado sobre a procedência de 200 milhões de dólares encontrados em sua conta bancária: "Esse dinheiro não é meu."
Contratar artistas famosos, mesmo que não sejam mais tão famosos como no passado, pagando-lhes altíssimos cachês com uma canteada somente, é muito fácil. O dinheiro não é de Antônio Furlan. É do habitante das pontes e dos alagados, dos moradores das vias de chão batido, sem asfalto, caneleta e meio-fio, cortadas por grandes poças de lama e mato.
O dinheiro usado para irrigar as gordas contas de Beto Jamaica e Compadre Washington vai deixar falta para melhorar a qualidade da merenda escolar servida para os herdeiros das periferias de Macapá, filhos de famílias que vivem sem saneamento básico e, portanto, frequentadoras assíduas das mal aparelhadas unidades de saúde de Macapá.
Como bem diz o bordão do locutor esportivo Everaldo Marques: "Antônio Furlan, VOCÊ É RIDÍCULO!!