ENGODO do Prefeito Furlan, até hoje a população de Macapá espera pela promessa dos 80 mil empregos
Por Richard Duarte
Gerar 80 mil empregos em dois anos; criar 500 vagas de emprego para jovens universitários da rede pública de ensino; criar o consórcio de prefeitos da Região Metropolitana; realizar concurso público para a Guarda Municipal; criar o Centro de Tecnologia da Informação e Processamento de Dados; construir o Restaurante Popular da Zona Sul de Macapá; implantar o Armazém do Povo. Essas foram apenas algumas das muitas promessas que o ex-deputado estadual Antônio Furlan (Cidadania) fez durante a campanha eleitoral de 2020 para convencer o eleitor macapaense de que seria "um prefeito melhor em todos os aspectos". Pelo menos, era essa a mensagem subliminar transmitida por ele durante as peças de campanha veiculadas nas emissoras de rádio, canais de TV e nas redes sociais.
Um ano e meio após a posse, nenhuma dessas promessas foi cumprida pelo "Prefeitão". Dos 80 mil empregos que seriam gerados em menos de dois anos de mandato, só a lembrança da verve eloquente de Antônio Furlan, em pé nos palanques, revirando os olhinhos, sacolejando os braços, esbravejando, liberando perdigotos para todos os lados. Nenhuma vaga foi criada no decorrer desse tempo. Os seus discursos criaram muitas expectativas, em especial entre os jovens, as principais vítimas da crise socioeconômica em crescente ebulição. E a pergunta em evidência é: foram apenas palavras soltas ao vento?
O advogado Bruno Dualibe, especialista em Direito Eleitoral, explica que promessa de candidato não pode ser vista como utopia ou conto de fadas. "Na verdade, é um compromisso que se insere nas cláusulas do mandato que é conferido aos eleitos por força da confiança depositada nas urnas", salienta ele, argumentando que no contexto nacional, sua importância foi reconhecida, ao se impor a todos os candidatos a obrigação de registrar o plano de governo junto à Justiça Eleitoral. "Assim, cidadãos podem acessar as informações para vigiar inoperâncias, incompetências e – por que não dizer – improbidades do agente político que, no exercício do cargo, toma medidas contrárias às suas promessas ou que simplesmente esquece da sua plataforma."
Parte dos mais de 522 mil habitantes de Macapá já começa a perceber que por trás da estampa de bom moço exibida por Antônio Furlan, existe um hábil adulador, mestre na arte do engodo, instrumento utilizado para atrair a simpatia popular. Tanto que através as redes sociais, a população tem criticado duramente o fato de que em Macapá o desemprego está na estratosfera, e tem feito comparações com gestões anteriores. “Na época eleitoral, o prefeito Furlan fez um vídeo relatando que vários pais de família estão saindo de Macapá por falta de oportunidades, e estavam se deslocando para viver em estados do Sul. Após um ano e meio, a situação só piorar”, relatou um morador através de áudio enviado à redação do site REGIÃO NORTE NOTÍCIAS.