Debate na Diário FM consagra ex-prefeito de Macapá Clécio Luís na corrida ao Palácio do Setentrião
Por Richard Duarte
Os candidatos ao governo do Amapá nas Eleições 2022 participaram na quinta-feira (29) do debate na rádio Diário FM 90.9. O programa foi transmitido após as 17 horas e reuniu quatro dos seis postulantes ao Palácio do Setentrião, filiados aos partidos que têm ao menos cinco representantes no Congresso Nacional, conforme prevê a legislação eleitoral. Por este motivo, Gianfranco Gusmão (PSTU) e Jairo Palheta (PCO) não foram relacionados.
O confronto entre Clécio Luís (Solidariedade), Jaime Nunes (PSD), Gesiel Oliveira (PRTB) e Gilvam Borges (MDB) foi marcado por apresentação de propostas, trocas de farpas e alguns pedidos de direito de resposta.
Considerado um dos debates mais concorridos antes do primeiro turno, ganhou mais importância devido à enorme vantagem de Clécio nas pesquisas de intenção de voto.
A última pesquisa Ipec, divulgada pela TV Amapá na noite de quinta-feira, 29, para a eleição ao governo do Amapá mostrou essa preferência do eleitorado. O ex-prefeito de Macapá aparece com 57% das intenções de votos válidos, seguido pelo atual vice-governador Jaime Nunes (PSD), com 38%. Na sequência, Gilvan Borges (MDB), Gesiel Oliveira (PRTB), Jairo Palheta (PCO) e Gianfranco Gusmão (PSTU) os quatro com 1% das intenções de votos.
Dos quatro participantes, o candidato do Solidariedade se sobressaiu apresentando propostas sólidas, defendidas com serenidade, demonstrando conhecimento do atual cenário social e econômico do Estado.
A assessoria de Clécio Luís informou à redação do REGIÃO NORTE NOTÍCIAS que a estratégia empregada no debate será a mesma da reta final da campanha, sem mudanças bruscas no que foi apresentado até aqui.
Como as propostas por município já foram apresentadas ao longo da campanha eleitoral, a ideia basilar nesta última etapa é evidenciar a gestão do candidato no decorrer dos oito anos em que governou a capital amapaense, destacando o plano de governo e os projetos sociais e econômicos que serão implementados a partir de 2023, imediatamente após a posse.
Exatamente por estar à frente na corrida pelo governo, Clécio virou o "inimigo a ser abatido" de seu principal concorrente, o empresário bolsonarista Jaime Nunes, que a todo momento tentava associá-lo ao governador Waldez Góes (PDT) com quem Nunes formou chapa nas eleições gerais de 2018.
Em vários momentos, Clécio foi obrigado a interromper sua fala para se defender dos golpes baixos desferidos por Nunes, de um lado, e do outro, Gesiel Oliveira, que também atingiu o candidato do Solidariedade com acusações infundadas.
Em um desses ataques, ao ser "comparado" a Waldez pela enésima vez, o ex-prefeito de Macapá lamentou a postura do social-democrata. "Acho que o senhor [referindo-se a Jaime Nunes] é quem gostaria de ter o apoio do governador. Mas, mesmo sendo o vice dele, não conseguiu esse objetivo por não inspirar confiança em ninguém."