Com a debanda do PSB para Jaime Nunes, Randolfe Rodrigues pode antecipar sua ida ao palanque de Clécio Luís

Com a debanda do PSB para Jaime Nunes, Randolfe Rodrigues pode antecipar sua ida ao palanque de Clécio Luís
Com a debanda do PSB para Jaime Nunes, Randolfe Rodrigues pode antecipar sua ida ao palanque de Clécio Luís
Com a debanda do PSB para Jaime Nunes, Randolfe Rodrigues pode antecipar sua ida ao palanque de Clécio Luís

Por Richard Duarte

Os apoiadores da pré-candidatura de Clécio Luís, aspirante ao governo pelo Solidariedade, estão contando com a chegada de um poderoso aliado para fortalecer, mais ainda, a campanha do ex-prefeito de Macapá. Trata-se nada mais, nada menos do senador Randolfe Rodrigues (REDE), um dos coordenadores da campanha à Presidência da República de Luís Inácio Lula da Silva (PT). Caso venha a se confirmar, o arco de aliança ao redor de Clécio ganha musculatura de halterofilista e transforma o pré-candidato da esquerda em concorrente quase imabtível nas urnas, no dia 2 de outubro.

Inicialmente, Randolfe Rodrigues tem investido na pré-candidatura ao governo do Amapá do suplente de deputado federal Lucas Abrahão (REDE). Mas, esperava que as principais lideranças da esquerda estadual encapassem este projeto político. Não foi bem o que aconteceu. Ante esse cenário, só o PSB local, presidido pelo ex-senador João Alberto Capiberibe, avalizou a pré-candidatura de Abrahão por simples estratégia de sobrevivência. Pré-candidato ao Senado, em franca disputa com Davi Alcolumbre pela única vaga, Capiberibe também contava com o apoio da esquerda amapaense para derrotar nas urnas seu principal concorrente. O plano do pessebista malogrou parcialmente.

Preferido de Lula da Silva no Amapá, João Capiberibe sentiu o baque com a formatação do cinturão de esquerda em torno de Clécio, pegando de tabela a pré-candidatura à reeleição de Davi Alcolumbre. Naturalmente, Capi lançou mão de seu direito ao Jus sperniandi, partindo em direção ao seu patrono, Lula da Silva, para externar, in loco, os queixumes com o arranjo político desenhado nos bastidores nada favorável às suas pretensões políticas.

A monobra, no entanto, ruiu por terra após Cláudio Pinho Santana, conhecido proeminente do staff capiberista, publicar nota em uma rede social anunciando apoio à pré-candidatura ao governo do empresário Jaime Nunes (PSD), vice-governador e entusiasta do bolsonarismo no Amapá. Randolfe Rodrigues, que já vinha vislumbrando uma guinada do PSB em direção à Nunes, teve a confirmação de suas desconfianças.

Diante do contexto atual, Rodrigues pode surpreender com uma reviravolta em direção à Clécio Luís, deixando sozinho João Capiberibe com seu incrível exército de brancaleone numa disputa encarniçada com Davi Alcolumbre.

Aqui, existem duas situações políticas extremas. Caso Rodrigues imploda a pré-candidatura de Lucas Abrahão e monte palanque com Clécio, mantém intacta sua liderança política, assegurando espaço de grande relevância para Lula da Silva no Amapá. Se Capiberibe confirmar apoio à pré-candidatura de Jaime Nunes, compromete sobremodo sua liderança política, contraria Lula porque Nunes é bolsonarista declarado, e reduz drasticamente suas chances de suplantar Alcolumbre nas urnas.

Uma coisa é certa: os maiores dividendos com as atuais jogadas no tabuleiro político local são auferidos por Clécio Luís. Caso obtenha o apoio de Randolfe Rodrigues, torna-se um adversário difícil de ser batido nas urnas. É esperar pelos próximos lances.