Governador Clécio é o político que mais construiu conjuntos habitacionais na história política do Amapá.
Por Redação
Provavelmente, a gestão do prefeito Antônio Furlan (MDB), vulgo Prefeitão, vai entrar para a história de Macapá como a primeira, em mais de 20 anos, que não conseguiu contratar a construção de nenhuma casa ou apartamento popular dentro de programas habitacionais, a exemplo do "Minha Casa Minha Vida".
Segundo apurações do site REGIÃO NORTE NOTÍCIAS, Furlan passou os últimos três anos e meio inaugurando obras deixadas por Clécio Luís Vieira, ex-prefeito da capital amapaense e atual governador do Amapá. Horas antes de passar a faixa para seu sucessor, em janeiro de 2021, Vieira fez sua última prestação de contas aos municípes.
Na ocasião, ao fim de seu segundo mandato à frente do executivo macapaense, foi questionado sobre a quantidade de obras pendentes. "Passo às mãos de meu sucessor 89 obras em andamento, todas com recursos para serem executados, ressaltou.
"Decidimos iniciar 89 obras para o novo gestor. Isso representa cerca de R$ 261 milhões. Ontem, emiti 12 ordens de serviço para não perder os recursos, já que estamos próximos do dia 31 de dezembro. É crucial mostrar atividade contratual. Até o momento, já movimentamos mais de R$ 17 milhões, com parte do valor depositado e o restante comprometido. Também concluí cerca de 20 obras recentemente, totalizando aproximadamente R$ 30 milhões. Temos muitos projetos em andamento. Presenciamos um grande volume de obras agora e, caso o próximo prefeito siga com o trabalho no próximo verão, veremos ainda mais desenvolvimentos", afirmou Cléio Luís Vieira.
Ao contrário do antecessor, Antônio Fulan aproxima-se da fse crepuscular de seu primeiro mandato sem nenhum legado na área da habitação popular. O Prefeitão não conseguiu sequer inscrever projetos habitacionais no novo Minha Casa, Minha Vida, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em fevereiro de 2023.
Para o engenheiro civil Luís André Gonçalves, o modelo de governança de Furlan baseia-se na política do pão e circo [O Panem et circenses surgiu no período de transição entre a crise da república romana e o modelo imperial, tendo o seu auge no alto império romano./A política do Pão e Circo, tinha como objetivo o apaziguamento da população, na sua maioria, da plebe, através da promoção de grandes banquetes, festas e eventos esportivos e artísticos, assim como subsídios de alimentos (distribuição de pães e trigo)./Assim, esses eventos tinham a função de entreter a plebe, despolitizando a mesma e evitando contrapontos políticos aos imperadores como reivindicações ou levantes populares. Também tinham a função de aumentar a popularidade dos líderes romanos.].'
A política do pão e circo de Antônio Furlan pretende somente entreter a população macapaense com espetáculos de gosto duvidoso para que ela não enxergue os problemas típicos das comunidades afastadas do centro urbano, onde a gestão festiva do emedebista não tem nenhum efeito prático.
"Essa estratégia de distração e alienação da população é extremamente prejudicial, pois desvia o foco dos reais problemas e necessidades da sociedade. Ao invés de investir em políticas públicas efetivas para melhorar a qualidade de vida das comunidades mais carentes, o prefeito de Macapá prefere promover festas e eventos vazios, que não trazem benefícios concretos para a população. É importante que os cidadãos estejam atentos e cobrem uma gestão mais responsável e comprometida com o bem-estar de todos os moradores da cidade", recomenda o engenheiro.
Referindo-se à inepsia de Furlan para construção de habitacionais populares, Luís André Gonçalves lembra que Vieira precisou lidar com uma terrível pandemia [Covid 19] que abalou um pouco o orçamento da PMM. "Mas não o diminuiu", lembra ele. "Quando tomou posse, Furlan herdou um superavit relevante, na ordem de R$ 1,281 bilhão, e ficou em condições privilegiadas, sem salários atrasados e sem dívidas, podendo aumentá-lo para R$ 1,3 bilhão".