Discurso moralista dos Capiberibes cai por terra, com os fortes indícios de corrupção envolvendo a Deputada do PSB Cristina Almeida
Por Richard Duarte
Outro escândalo abalou as combalidas estruturas do PSB Amapá na manhã de sexta-feira, 24 de junho, e novamente tem como personagem a deputada estadual Cristina Almeida, figura destacada do staff de proeminentes em volta do ex-senador João Alberto Capiberibe, presidente estadual do partido. A parlamentar está entre os investigados da Polícia Federal, suspeita do uso de notas fiscais frias para justificar o recebimento de verba parlamentar, e teve a casa onde mora completamente revistada pelos agentes federais da “Operação Gambetto”, deflagrada como desdobramento da “Operação En Passant”, a mesma que teve como principal investigado outro deputado estadual, Alberto Negrão (PPS).
Em 2019, Cristina Almeida foi julgada por improbidade administrativa por ter usado, segundo investigações da época, recursos da verba indenizatória da Assembleia Legislativa para enriquecimento ilícito através da compra de móveis, equipamentos e contratação de serviços, e condenada pela Justiça do Amapá a devolver R$ 417 mil aos cofres públicos. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Almeida teria sido ressarcida, entre fevereiro de 2011 e maio de 2012, no valor de R$ 610.676,67, dos quais R$ 417.204,82 foram usados em bens e serviços de cunho parlamentar. A denúncia foi amplamente divulgada nas mídias mais importantes do País, e também abalou a credibilidade das principais lideranças do PSB local.
Procurado pelo reportagem do site REGIÃO NORTE NOTÍCIAS para comentar sobre a nova suspeita de envolvimento em ilícitos atingindo a parlamentar de seu partido, o ex-senador João Alberto Capiberibe não foi localizado e nem sua assessoria quis fazer algum comentário sobre o caso. A assessoria de Almeida igualmente não foi localizada.
Maria Cristina do Rosário Almeida Mendes, mais conhecida como Cristina Almeida, tem 56 anos e está filiada ao PSB desde 2003. Em 2006, disputou o Senado contra o então todo-poderoso José Sarney, na ocasião candidato à reeleição pelo Amapá, e chegou a ameaçar a hegemonia do velho caudilho maranhense. Igualmente chegou a disputar a Prefeitura de Macapá nas eleições municipais de 2012 com alguma possibilidade de ser eleita, mas ficou em terceiro lugar.