Investigado por propina na obra da praça Jacy Barata, prefeito Furlan perde ação contra delegado da PF

Investigado por propina na obra da praça Jacy Barata, prefeito Furlan perde ação contra delegado da PF

Por Redação 

 

 

O prefeito de Macapá, Antonio Furlan, sofreu uma nova derrota na tentativa de obter acesso aos autos do inquérito onde é investigado, que culminou na deflagração da Operação Plattea, sobre pagamento de propina na obra da Praça Jacy Barata Jucá, na orla de Macapá.

 

Na decisão, a Justiça Federal julgou pela extinção do processo movido contra a Polícia Federal, responsável pela operação. Furlan tinha impetrado um mandado de segurança, alegando que a negativa de acesso aos autos do inquérito, configurava cerceamento de defesa. No entanto, a Justiça Federal entendeu que o pedido era infundado.

 

Na decisão, o juiz Federal Alex Lamy de Gouvea, ao analisar o caso, constatou que a restrição ao acesso aos autos não se deu por decisão arbitrária do delegado, mas em cumprimento a uma ordem judicial superior, proferida por um desembargador federal.

 

O juiz explicou que a vedação ao acesso aos autos foi imposta para garantir a lisura das investigações e evitar a divulgação de informações sigilosas. Diante disso, a Justiça entendeu que a Polícia Federal não era a parte legítima para ser demandada, uma vez que apenas cumpria uma determinação judicial.

 

A medida tem objetivo de garantir a transparência das investigações e evitar que informações sigilosas sejam divulgadas de forma indevida. Com a decisão judicial, a Polícia Federal segue investigando as denúncias de corrupção e buscando provas para embasar as acusações.

 

A Operação Plattea investiga um suposto esquema de corrupção e pagamentos de propinas de 5% até 20% do valor de mais de R$ 10 milhões, na execução da obra de urbanização na orla de Macapá. Segundo as investigações, a empresa vencedora da licitação teria desviado recursos públicos, repassando mais de R$ 500 mil para servidores públicos municipais e gestores como o secretário de Obras, Cássio Cruz, que segue no cargo. Na operação a casa e o gabinete do prefeito Furlan foram alvos de busca e apreensão de documentos.