O beijo mortal da cobra venenosa: Prefeito Furlan tem um histórico de mau pagador e artistas amapaenses sofrem com calotes e mais calotes

O beijo mortal da cobra venenosa: Prefeito Furlan tem um histórico de mau pagador e artistas amapaenses sofrem com calotes e mais calotes

Por Redação 

 

 

O mundo todo está sabendo que o prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB), não vem pagando os cachês dos artistas locais. Embora pareça exagero, a afirmação é factível, sim, se levar em conta o alcance das redes sociais. Pois é por meio delas que as vítimas têm denunciado, com frequência crescente, os calotes aplicados pela Fundação Municipal de Cultura de Macapá (FUMCULT) contra cantores e cantoras que se apresentaram no Macapá Verão 2024, e em outros eventos culturais patrocinados pela prefeitura.

Uma dessas atrações foi Suellen Braga. Durante uma transmissão ao vivo no Facebook, Suellen exigiu o pagamento que lhe é devido, além de reivindicar respeito da parte da secretária Luara Albuquerque, esposa do vereador Caetano Bentes, aliado de algibeira de Furlan.

"Minha empresa está em dia com as suas obrigações. Precisamos passar por essa situação constrangedora? Para os shows que vêm de fora, o pagamento é antecipado. Receber é nosso direito. Ninguém me convidou para cantar; eu fui aprovada em um edital. Tenho meu valor. Vou divulgar, isso é um direito que me assiste. Preciso receber", esbravejou Suellen.

Outra que precisou recorrer às redes sociais para denunciar o descaso da gestão Antônio Furlan com escritores e artistas locais foi a professora, escritora e poetisa Carla Nobre. Em dezembro de 2021, circulou um vídeo na rede mundial de computadores mostrando Nobre estacionando seu veículo em meio a xingamentos contra um edital publicado pela FUMCULT que não contemplava os talentos macapaenses.

Com os nervos à flora da pele, Carla Nobre socou a porta da fundação cultural. Ela protestava contra o julgamento de um edital, que, segundo afirmou à época, contemplava inúmeras pessoas desconhecidas e deixava de fora vários artistas tucujus.   

Já se tornou de domínio público, inclusive após estas e outras denúncias incisivas, que Antônio Furlan, leia-se FUMCULT, prefere menosprezar os artistas macapaenses do que pagar o que lhes é devido, ainda que com dinheiro em caixa.

Tanto que durante seu protesto, Carla Nobre lembrou aos dirigentes da fundação cultural que o ex-prefeito de Macapá, Clécio Luís, havia "reservado um milhão de reais em caixa (...) que daria para fazer editais e contemplar artistas e programações tanto no aniversário da cidade quanto no Macapá Verão, que são as maiores festividades do calendário da capital".

De lá para cá, outros artistas regionais também padeceram nas mãos de Antônio Furlan. Um deles foi o renomado cantor paraense Wanderley Andrade. 

Conhecido no mundo do brega como "Ladrão de Coração" ou "Traficante do Amor", Andrade também foi passado para trás pelo prefeito Antônio Furlan. O bregueiro se apresentou no Macapá Verão 2023 e depois do show ficou esperando em vão por seu pagamento. Ganhou um dedo do meio na cara. Desgostoso, publicou mensagem numa das redes sociais do prefeito de Macapá cobrando o cachê devido.

Na postagem, Furlan aparecia acompanhado da primeira-dama Rayssa, e abaixo a imagem do artista em miniatura com a mensagem ao lado, cobrando o dinheiro acordado no decorrer da contratação.

Pelo conteúdo do texto, supostamente atribuído a Andrade, nota-se que o artista vinha tentando entrar em contato com o prefeito em busca de solução para o problema. Nas entrelinhas percebe-se a preocupação dele com a demora no pagamento e, conforme deixa subentendido, o temor em não receber o valor prometido pelo trabalho realizado.

Mas isso não acontece com artistas renomados. Com essas estrelas do showbiz nacional Antônio Furlan fala fino. Eles só desembarcam em Macapá se todo o cachê estiver em suas respectivas contas. E são quantias volumosas. Vejam o exemplo: Pedro Sampaio (R$ 350 mil), É o Tchan (R$ 350 mil), Simone Mendes (R$ 900 mil), Henry Freitas (R$ 500 mil), Thiaguinho (R$ 700 mil), Barões da Pisadinha (R$ 700 mil) e Patati Patatá (R$ 160 mil).

Somente este ano, foram mais de R$ 4 milhões pagos pela Prefeitura de Macapá antes de suas apresentações.

Já os artistas locais são tratados com escárnio pelo prefeito fintador.