JOGO POLÍTICO DE FURLAN PERTO DO GAME-OVER.

Por Redação 

 

Com a intensificação de inúmeras críticas procedentes, denúncias e abertura de processos, o atual chefe do executivo municipal de Macapá, Antônio Furlan, começa  sentir que seu projeto de poder vem dando sinais de ruptura, menos de um ano da próxima eleição para prefeito em 2024. 
O áudio de uma moradora de periferia da capital, inserido no vídeo do decano da política Gilvan Borges, veiculado em suas redes sociais nos últimos dias, é mais uma prova eloquente do fracasso da gestão atual junto as massas. 
Essa gestão tem sido exitosa apenas  no intenso programa de marketing em torno da figura do prefeito. 
O clamor dessa senhora (veja o vídeo) é o retrato fiel da realidade vivida por 80% da população no município que habita nos bairros pobres, pontes e distritos isolados que raramente são alcançados pelos benefícios da ação política, nesse caso, pífia de asfaltamento de algumas poucas ruas, medida ainda que louvável, que só tem beneficiado quem mora nas regiões mais nobres de Macapá e que se locomove de carro. 
Dessa forma, o cidadão dos bairros populares, bombardeado diariamente com informações sobre a destinação de milhões de reais em emendas parlamentares para a prefeitura, não consegue entender porque o benefício dessa "dinheirama" não chega até a ponte e a outros lugares mais afastados.  Isto também justifica-se pela adoção de outra prioridade equivocada da atual gestão da capital, que vem gastando mal o dinheiro do orçamento com grandes eventos milionários, além das obras de recapeamento asfáltico, sem a devida infraestrutura de saneamento, que na primeira chuva do inverno que se aproxima vai alagar tudo, como sempre acontece.
Para manter a base aliada na Câmara de vereadores, o prefeito Furlan se utiliza do caríssimo esquema de loteamento de cargos com os famigerados contratados. Nada contra quem precisa trabalhar e consegue uma oportunidade no poder público. 
Porém, essas contratações deveriam seguir critérios técnicos e legais, o que, a olhos vistos, não é o que ocorre. 
Se hoje o cidadão que paga com sacrifício, impostos for ao  bioparque da Fazendinha, vai encontrar de cara, pelo menos dez porteiros, num lugar onde apenas duas pessoas bem treinadas dariam conta do recado. 
Ainda por lá, acaba de ser afastada uma diretora técnica da entidade, servidora pública competente. No seu lugar foi indicado o amigo íntimo do prefeito, o também médico, Pedro Costa, que já passou por quase todos os altos cargos comissionados disponíveis na prefeitura, sem contar que junto também garante o bom emprego da esposa, já que ambos vindos do sul do país, com residência no Pará, sempre fizeram parte do círculo fechado do clã dos Furlan.  
Numa realidade diária de esgoto ao ar livre, canais sujos e entupidos, coleta de lixo abaixo da crítica, transporte coletivo organizado inexistente, postos de saúde com falta de pessoal e medicamentos, escolas municipais depauperadas, mais o fim da fartura das emendas enviadas nos dois primeiros anos dessa gestão pelo grupo político relacionado ao Senador Davi Alcolumbre, faz crer que por esses e outros motivos, que levaram, por exemplo, essa senhora ao desabafo, de que Antônio Furlan que sonhava com um futuro perfeito para si e a esposa em 2026, passando por sua recondução ao cargo em 2024, não será aquele mais aquele espetáculo com as cores do arco-íris. 
Pelo que já se sabe e pelo que vem por aí, dizem analistas ouvidos pelo RNN que o jogo do médico Furlanzinho, transformado em Prefeitão, vai chegando ao fim. 
Afinal de contas, crianças não estudam em plateia de shows e nem seus pais podem dar a elas asfalto para comer. 
Então parece mesmo que o surpreendente fim de jogo (game-over) está perto de acontecer para o prefeito, que teve o campo, a bola e parte da torcida ao seu lado, no entanto, esquecendo do juiz (o povo) que será implacável com  quem não teve palavra e nem ação-esperadas para a maioria que vive na Macapá real, longe da propaganda de uma cidade maravilhosa, com o mais afamado prefeito do país.