MACAPÁ PODE SER A NOVA MACAÉ. SÓ QUE MUITO MELHOR.

MACAPÁ PODE SER A NOVA MACAÉ. SÓ QUE MUITO MELHOR.

Por Glauco Alexander, publicitário

 

 

O destino coloca diante de Macapá e do Amapá inteiro a possiblidade de ser a nova grande fronteita de desenvolvimento humano, econômico, com respeito ambiental na América do Sul. 

 

A Margem Equatorial onde vai ser extraído petróleo e gás do Amapá até o Rio Grande do Norte pode repetir tudo o que foi sucesso em outras regiões do Brasil e corrigir os erros e equívocos da indústria petrolífera no século 20.

 

 

Macapá pode ser muito mais que cidades como Macaé e Campos no Rio de Janeiro. Podemos dizer que a história de Macaé-RJ é marcada por antes e depois da escolha do município para implantação da base das atividades de exploração petrolíferas da Bacia de Campos. 

 

A partir de 1970, a Petrobras decide instalar na cidade de Macaé uma base terrestre nacional de operações petrolíferas, ocupando cerca de 8,3 km² de área construída. 

 

Quando nos anos 1970 é descoberto petróleo na plataforma continental da Bacia de Campos, a Petrobras elege por razões logísticas a cidade de Macaé como sua base de operações para extração do petróleo offshore, embora Campos dos Goytacazes fosse a principal cidade regional. 

 

Para se ter uma ideia dos efeitos desse boom gerado pela chegada da Petrobras, alguns números são muito eloquentes. Junto com a estatal vieram mais de 120 empresas de prestação de serviços, mais de 5000 novos postos de trabalho e mais de 1000 carros passaram a circular pelas ruas da cidade. 

 

Novas agências bancárias foram inauguradas, além de um enorme conjunto de novos micro, pequenos, médios e grandes negócios, que somaram centenas de hotéis, restaurantes, bares, lojas, mercados e prestadores dos mais diversos serviços.

 

Segundo pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro - FIRJAN, o município teve a maior taxa de criação de novos postos de trabalho do interior do estado: 13,2% na década de 1990. 

 

Em 2003, o município possuía 7.400 empregados da Petrobras, 28.000 funcionários das prestadoras de serviços e aproximadamente 4.000 empresas ligadas ao setor petrolífero. O crescimento econômico de Macaé na década de 1990 foi alucinante, posicionando o município como uma espécie de novo eldorado. 

 

Enquanto o país crescia a um ritmo de 2% ao ano, Macaé apresentava uma performance de 14% no mesmo período. A criação de novos postos de trabalho em Macaé era quase cinco vezes superior à média nacional e quase seis vezes superior à média do estado do Rio de Janeiro, de 2,65%. 

 

Macaé já foi apontada no IFDM (Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal) em 2009, como a cidade mais desenvolvida de todo o estado do Rio de Janeiro, com destaque principalmente na geração de empregos e renda. Assim muitos olhos do Brasil e do mundo se voltaram para esse interessante município.  

 

Em Macapá, no Amapá, no Pará, no Maranhão, tudo isso pode acontecer. Depende da mobilização da sociedade, dos líderes políticos, das lideranças empresariais, das universidades, dos cidadãos e cidadãs anônimos nos seus relacionamentos pessoais ou nas redes socais web ou nos aplicativos de mensagem. Todo mundo sabe que o petróleo já não tem a mesma força econômica do século 20, que estamos uma transição para outras formas de energia. Mas ainda teremos certamente, pelo menos, uns 50 anos de petróleo e derivados como um dos grandes motores da economia mundial. E Macapá e o Amapá precisam entrar logo nesse campo de possibilidades que essa indústria gera. Mais sábios, mais conhecedores das tecnologias de preservação e sempre compromissados em repetir o que é bom e minimizar os possíveis impactos negativos.