Governador Clécio Luís leva esperança com máquina de dessalinização ao Distrito de Bailique que se encontra abandonado pelo Prefeito Furlan

Por Redação 

 

Distrito do município de Macapá desde 1933, o Arquipélago do Bailique vive atualmente abandonado pela gestão do prefeito Antônio Furlan (MDB), reeleito em outubro para mais quatro anos de mandato. A situação social e econômica dos mais de 11 mil ribeirinhos que vivem nas sete ilhas a leste do Amapá ganhou dimensões de calamidade pública devido à salinização das águas doces da foz do Rio Amazonas, que ameaça a sobrevivência das centenas de famílias, e do fenômeno conhecido por terras caídas, que são desbarrancamentos das encostas e assoreamento dos rios.

Moradores da Vila Macedônia, uma das 44 comunidades do Bailique, já recorreram à Prefeitura de Macapá e não obtiveram as respostas imediatas que a urgência dos acontecimentos está exigindo. Estão preocupados com a crescente salinização da água, mais intensa neste fim de segundo semestre, em especial nos meses de novembro e dezembro. "A prefeitura tem implementado algumas medidas, porém são insuficientes considerando o agravamento da nossa condição. Estamos nos virando como sempre: por conta própria. As comunidades utilizam o método de captação de água das chuvas. Somente algumas comunidades que receberam caixas de cinco mil litros estão em uma situação mais favorável", destaca uma das moradoras da Vila Macedônia.

O cenário nas cinco ilhas do arquipélago (Brigue, Faustino, do Meio, Curuá, Franco, do Marinheiro e Parazinho) é desolador. Estaria mais grave se o governador Clécio Luís não estivesse atento aos problemas dos milhares de ribeirinhos residentes na região. Recentemente, num trabalho conjunto com a Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), o governo do Estado enviou um decantador de cinco mil litros para dessalinizar a água, tornando-a novamente própria para consumo.

Chamado de Sistema Hidro de Potabilidade, o equipamento atende aos critérios estabelecidos na Portaria 888 do Ministério da Saúde que define qual tipo de água deve ser segura para consumo, reduzindo a zero os riscos à saúde.

Conforme Arilson Amanajás, diretor da Caesa, a usina de dessalinização implantada no Arquipélago do Bailique utiliza energia solar para transformar água salobra em água potável. Adicionalmente a isso, o governo do Amapá tem fornecido reservatórios de água, hipoclorito de sódio, água mineral, kits de higiene bucal, kits para imunização e medicamentos para as famílias do Bailique.