Aliado de Jaime Nunes e Rayssa Furlan, Kassyo Ramos, torra dinheiro público em campanha milionária

Por Richard Duarte

O candidato a deputado federal, Kassyo Santos Ramos, presidente nacional do PTB, está gastando tubos de dinheiro para suplantar seus oponentes e garantir uma das oito cadeiras na bancada federal do Amapá no Congresso Nacional. Para garantir a vaga, o político recebeu do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o fundo eleitoral, R$ 3.140.000,00.

Com toda essa bolada na conta, ele não tem economizado. Só em material gráfico (leia-se adesivos) já torrou R$ 1.710.560,00, e faltando 18 dias para o fim do primeiro turno das eleições 2022.

Tido como um dos principais aliados do empresário bolsonarista Jaime Nunes, candidato ao governo pelo PSD, Kassyo Ramos também injetou R$ 250.000,00 na produção de programas de rádio, televisão ou vídeo; cerca de R$ 162.000,00 em serviços advocatícios; mais de R$ 175.000,00 na locação ou cessão de veículos; e R$ 85.100,00 em eventos de promoção da candidatura.

Além de Jaime Nunes, com quem tem afinidades político-ideológicas em nível nacional (ambos apoiam a reeleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República), Kassyo Ramos manobra em direção da candidata ao Senado pelo MDB, Rayssa Furlan, primeira-dama de Macapá, caloura na política partidária com pretensões a voos estratosféricos "sem o devido preparo técnico para exercício de elevada função", afirmam observadores das eleições 2022 no Amapá.

As vultuosas despesas com recursos públicos provenientes do fundo partidário, observam eles, deverão constar na prestação de contas do candidato do PTB-AP à Câmara dos Deputados dias após o encerramento da campanha eleitoral. "Certamente, todas as notas fiscais apresentadas por ele deverão ser checadas junto aos entes emissores. Empresas do setor gráfico prestadoras dos serviços terão de comprovar a autenticidade dos documentos, e do material confeccionado", advertem.