Suspeito de tramar contra Clécio Luís e Davi Alcolumbre, Antônio Furlan Coordenador geral da tropa da dancinha é investigado pela prática de rachadinha

Suspeito de tramar contra Clécio Luís e Davi Alcolumbre, Antônio Furlan Coordenador geral da tropa da dancinha é investigado pela prática de rachadinha

Por Richard Duarte

 

 

O crescimento estratosférico nas pesquisas de intenção de voto dos dois principais candidatos da coligação "Amapá para todos" Clécio Luís, postulante ao governo do Estado pelo Solidariedade, e Davi Alcolumbre, em busca da reeleição pelo União Brasil, está provocando a ira de oponentes de menor cabotagem como o empresário bolsonarista Jaime Nunes, de olho no Palácio do Setentrião, e da candidata ao Senado Rayssa Furlan (MDB), mulher do prefeito de Macapá Antônio Furlan (Cidadania), mais conhecida no Amapá por suas dancinhas burlescas.
Os três parecem dispostos a qualquer embuste para comprometer as duas candidaturas e, se possível, barrar o avanço delas em direção à vitória acachapante.
O último ataque patrocinado pela ala dos descontentes mirou Davi Alcolumbre, alvo de denúncias insidiosas sobre uma suposta rachadinha (quando funcionários públicos recebem parte do salário de seus funcionários em um esquema que também pode envolver coação e outras condutas ilícitas)  que teria ocorrido em seu gabinete. O ex-presidente do Senado e atual presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania provou que as denunciantes cometeram crimes de injúria e difamação.
Conteúdos com características de fake news foram publicados em portais, redes sociais e em veículos convencionais de imprensa requintando uma reportagem de 18 meses atrás visando atingir Alcolumbre e Clécio, numa tentativa de desqualificá-los ante o eleitorado nestas derradeiras semanas de campanha. 
No entanto, a armação criminosa não passou despercebida. Fontes próximas ao senador do União Brasil informaram à redação do site REGIÃO NORTE NOTÍCIAS que investigações particulares feitas por especialistas da área de Segurança Institucional teriam identificado os operadores do plano meticulosamente elaborado em reuniões reservadas no principal gabinete do Palácio Laurindo Banha, sede da Prefeitura de Macapá.
Indícios apontam para Antônio Furlan, recém-convertido inimigo visceral de Davi Alcolumbre, como o principal articulador da disseminação das notícias fraudulentas contra o senador. "Trata-se de vingança descabida por ele atribuir equivocadamente ao Davi a responsabilidade pela operação da Polícia Federal que vasculhou a casa e o gabinente dele, na PMM", comentou a fonte, que pediu para não ser identificada.
O próprio Antônio Furlan esteve supostamente envolvido em crime de rachadinha quando era deputado estadual. O nome do prefeito de Macapá consta no inquérito produzido com o material coletado pela “Operação Rescisória”, desencadeada na Assembleia Legislativa do Amapá pelo Ministério Público Estadual para apuração da prática dos crimes de peculato e improbidade administrativa.
Coordenada pelo à época promotor de Justiça Afonso Guimarães, hoje aposentado, as diligências obtiveram documentos que converteram as suspeitas em certezas.
O modu operandos dos envolvidos tinha como alvos preferenciais servidores demitidos do legislativo estadual. Só conseguiam receber suas indenizações se aceitassem dividir parte do dinheiro com os intermediários dos parlamentares propineiros.
Os cheques eram nominais ao servidor demitido, mas, na prática, repassados aos deputados e assessores que efetuavam o recebimento.
Em conversa com jornalistas, Afonso Guimarães discorreu sobre o funcionamento do esquema criminoso. "Para que os servidores exonerados tivessem acesso aos seus direitos, deveriam pagar, em alguns casos, até 50% do valor respectivo em propina”, assinalou.
O caso envolvendo Antônio Furlan voltou a tona em março, após o prefeito ter interpelado o empresário Josiel Alcolumbre, concorrente dele nas eleições municipais de 2020. Furlan pretendia acionar Josiel para que explicasse em audiência a origem da denúncia feita durante um dos debates eleitorais naquele pleito.
Devido à repercussão da escaramuça jurídica, Furlan acabou desistindo da interpelação.
O processo sobre Antônio Furlan corre em segredo de justiça e o Prefeitão aparece como beneficiário do esquema. Conforme as denúncias, Furlan teria recebido 31 cheques com valores totalizando R$ 336 mil.