Senador Randolfe Rodrigues atua em defesa de 2,5 mil trabalhadores representando contra a Jari Celulose por atraso de salários

Por Richard Duarte

 

O senador Randolfe Rodrigues (REDE) divulgou vídeo condenando o abandono de centenas de trabalhadores residentes nos municípios de Laranjal e Vitória do Jari, cidades localizadas no Vale do Jari, Amapá, região de atuação da Fábrica Jari Celulose, produtora de celulose solúvel implantada na floresta amazônica. 

Para o congressista, o tratamento da empresa em relação aos funcionários é inaceitável, sobretudo, assinala ele, porque a empresa recebeu recursos públicos provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) com a condição de normalizar a folha de pagamento. 

Na segunda-feira, 15 de agosto, mais uma vez os funcionários da Jari Celulose realizaram outra manifestação protestando pelo atraso no pagamento de seus salários, o que causou sérios problemas tanto aos funcionários e familiares, quanto à economia local.

Em dezembro de 2019, devido aos atrasos no pagamento de salários, férias e benefícios, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Papel e Celulose do Pará e Amapá (Sintracel), presidido por Ivanildo Uchôa, convocou os quase 2,5 mil funcionários da fábrica para outra paralisação.

Recentemente, desde maio a empresa não pagava os salários dos trabalhadores. Por conta dos graves problemas gerados pelo atraso, Uchôa coordenou movimento semelhante. “Estamos enfrentando uma crise muito grande aqui no Vale do Jari, porque a empresa não faz os nossos pagamentos há três meses, não deposita o FGTS, não paga as férias e não há nenhuma perspectiva de melhora”, disse o presidente.

Segundo o sindicalista, por último houve um princípio de incêndio na fábrica, que ficou parada por um período, e agora que já está pronta para operar, a direção da empresa alega não ter recursos financeiros para iniciar as operações.  

Atento aos problemas vivenciados pela população amazônica, em especial aos habitantes do Extremo Norte, onde se localiza o Amapá, Randolfe Rodrigues entrou em ação cobrando o destino que os dirigentes da Fábrica Jari Celulose deram aos empréstimos contraídos junto ao BNDES. "O que a Jari Celulose está fazendo é inconstitucional, e sobretudo, é crime. Por isso, ela deve ser responsabilizada. Diante disso, protocolei uma representação no Ministério Público do Trabalho cobrando imediatas providências contras esses abusos e desrespeito ao trabalhador."