POVOS DO MEIO DO MUNDO HOMENAGEADOS. Outros, NEM TANTO…
Por Dantas Filho
A homenagem aos povos do meio do mundo feita pelo prefeito Furlan, de Macapá, esconde uma história de preconceito que não pode ser ignorada.
Na recém-inaugurada Praça dos povos do meio-mundo, antes de mais nada, que fique claro, trata-se de um ato de grande justiça aos nossos heróis das populações originárias. Ou seja, nada contra.
O problema é que o seu autor, o Prefeito Antônio, ele próprio, um estrangeiro, nascido na América Central, esqueceu da figura do Imigrante, igualmente merecedor de homenagens.
O espevitado prefeito folião, na ânsia de melhorar sua popularidade em baixa, homenageou os habitantes naturais, mas desprezou e desrespeitou os que vieram de fora, e que, igualmente, são responsáveis pela construção do Amapá de ontem, hoje e principalmente do amanhã.
Entre muitos que vieram, destaca-se o povo nordestino, uma gente guerreira e valente, que ao lado de muitos outros cidadãos vindos de todas as partes do Brasil e do mundo, fazem do Amapá tudo o que representa no cenário nacional, como a unidade mais preservada do país.
Jamais, essa população poderia ter sido esquecida ou,
colocada em segundo plano.
Nesse caso, principalmente o nordestino, que ninguém pode esconder ou diminuir a sua importância na formação da população amapaense desde sempre.
É tão verdade que o atual Governo do Estado, durante a Expo Feira, inaugurou espaço dedicado à vaquejada e está apoiando publicamente as festas juninas, duas grandes tradições do nordeste. Na pressa de entregar a obra em ano eleitoral, Furlan deu um tiro no pé.
Mirou nos povos tradicionais intencionalmente para tirar proveito eleitoral. Porém, essa ação mal planejada acabou por dar, de cara, má fama a esse monumento no marco zero, que segundo alguns, ficou oco, feio e de gosto duvidoso ao ser feito de gesso imitando pedra, com tanta abundância mineral à disposição.
Furlan passou batido por cima do reconhecimento aos imigrantes, na sua praça sem graça, para quem também trabalhou com afinco para desenvolver, principalmente, a capital Macapá.
Tomara que outro agente público, não envolvido com a eleição desse ano, faça justiça ao povo nordestino e a outros tantos, de todas as partes do Brasil ou do mundo, que para cá vieram para construir o nosso desenvolvimento.
Isso será vital para serem lembrados na implantação de um merecido memorial, em local de destaque dedicado aos imigrantes, especialmente ao Nordestino, que compõe a base da quase totalidade da população.
Nesse dia, todos os povos originários e os imigrantes vão se sentir isonomicamente
reconhecidos de forma justa entre os que fazem do Amapá esse grande jovem estado, marcado pela diversidade cultural e étnica, sem preconceito ou, nesse caso, preferências eleitorais.