PREFEITÃO MALVADÃO: Filhos dos Verdinhos passam fome enquanto o prefeito Antônio Furlan desfila pela cidade fantasiado de Papai Noel
Por Redação
Indiferente aos seis meses de salários atrasados dos garis e coveiros de Macapá, popularmente conhecidos como “Verdinhos”, o prefeito Antônio Furlan (Podemos) se fantasia de Papai Noel, embarca num trio-elétrico e percorre algumas ruas e avenidas da cidade distribuindo beijinhos e brinquedos toscos para crianças carentes.
Mas enquanto Furlan interpreta seu papel de “bom velhinho”, filhos e filhas dos “Verdinhos”, contratados da Projam Construções e Projetos LTDA, empresa prestadora de serviço para limpeza e manutenção de ruas, avenidas e logradouros, estão passando fome.
A encenação do prefeito macapaense, um canastrão de marca maior, na opinião de fontes consultadas pelo site, incomodou sobremodo os terceirizados da Projam, que enxergaram doses cavalares de hipocrisia na iniciativa de Antônio Furlan. “O cara é um histrião. Se
veste de papai noel e sai desfilando num trio como se tudo na gestão dele estivesse às mil maravilhas. Só pode ser brincadeira”, comenta o vereador Pedro DaLua (PSC), líder da oposição no parlamento municipal.
Nas últimas semanas, o edil tem intensificado as críticas contra o que chama de “descaso e desumanidade” de Furlan em relação ao problema vivido pelos “Verdinhos”. Conforme DaLua, a falta de pagamento de salários e de outros direitos dos trabalhadores já levou essas pessoas ao desespero.
“Prefeito, pare de fazer essa maldade com os garis de Macapá. Esses trabalhadores e trabalhadoras ganham tão pouco. Será que o senhor gostaria de ficar vários meses sem receber seu salário? Administre a prefeitura de forma correta. A coleta de lixo pode parar porque os garis não receberam os seus direitos”, desabafou o parlamentar.
A GRANA DO PREFEITÃO
Segundo pesquisa publicada em agosto passado pela Agência Estado, o salário de Antônio Furlan gira em torno de R$ 19.294,08.
PREFEITÃO MALVADÃO
Recentemente, Antônio Furlan tomou a iniciativa de contestar a decisão da juíza Liége Cristina de Vasconcelos Ramos Gomes, da 1ª Vara Cível de Fazenda Pública de Macapá, que havia determinado que a Prefeitura de Macapá pagasse, em até 48 horas, dois dos seis meses de salários atrasados. Este impasse revoltou os trabalhadores que enfrentam a infeliz possibilidade de celebrar o período natalino sem um único centavo do dinheiro que legitimamente merecem pelos serviços prestados à capital do Amapá.