Lucas Abraão denuncia 'artimanha política de Jaime Nunes'
Por Richard Duarte Costa
Apresentando-se como mais uma opção de esquerda na disputa pelo governo do estado, o suplente de deputado federal Lucas Abrahão (Rede-AP) começa sua pré-campanha eleitoral direcionando os petardos mais letais contra Jaime Nunes, chefão da Domestilar, rede de lojas do varejo de eletrodomésticos, vice-governador do Amapá, e pré-candidato bolsonarista ao Palácio do Setentrião pelo PSD.
Aspirante ao executivo estadual lançado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede), Abrahão afirma que Nunes continua atrelado ao governo, no exercício do cargo de coordenador do comitê de gestão por força de decreto. "Essa nomeação não foi revogada", denuncia. No entendimento dele, trata-se de uma manobra de oportunismo político por parte do empresário que, mesmo fazendo duras críticas ao governo atual, se mantém em cargo de confiança indiferente ao constrangimento provocado pela insistência em permanecer na função.
Em recente entrevista a um programa de rádio, Abrahão, que tem 30 anos, já foi secretário de Desenvolvimento Econômico e Assistência Social em Macapá, é pastor evangélico desde 2015, bacharel em Relações Internacionais (UNIFAP), pós-graduado em Gestão Pública e pós-graduando em Direitos Humanos, Responsabilidade Social e Cidadania Global (PUC-RS), foi suscinto. "Eu cheguei a imaginar que esse rompimento fosse acontecer devido ao apoio anunciado pelo governador Waldez [Góes] à pré-candidatura do [ex-] prefeito Clécio."
O pré-candidato da Rede Sustentabilidade, apoiado por Randolfe Rodrigues, recentemente protagonizou peça de pré-campanha em que surge ao lado de Lula da Silva, ex-presidente e pré-candidato do PT à Presidência da República. A imagem surpreendeu pelo fato do PT Amapá, junto com o PC do B e do PV, oficializar amplo apoio a Clécio Luís, ex-prefeito de Macapá e pré-candidato ao governo pelo Solidariedade. Questionado sobre este arranjo político momentâneo, Lucas Abrahão se definiu como uma pessoa "respeitosa e de diálogo". Na sequência, afirmou que tem como característica pessoal respeitar as decisões políticas "de instância local", referindo-se à aliança de esquerda no entorno da pré-candidatura de Clécio Luís.