'Ser mulher preta e profissional da saúde é gratificante', diz farmacêutica do HE
Para trabalhar na área da saúde é necessário ter vocação e empatia com o próximo, ser técnico e humano para acolher, ajudar e recuperar. Essas são as características de três servidoras que atuam nos hospitais da rede pública do estado. O portal do Governo do Amapá conversou com as profissionais no especial Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quarta-feira, 8.
Diana Dias é a responsável pela farmácia do Hospital de Emergências Dr. Oswaldo Cruz (HE). Ela gerencia a organização técnica e dispensação e controle de medicamentos na unidade e conta que ao chegar no setor se sentiu desafiada por conta da demanda e das palavras de alguns colegas.
"As pessoas me disseram que eu não ia dar conta, que era muito nova, que era muita coisa... Eu, como mulher preta, jovem e pequena, me senti desafiada, mas mostrei e mostro e consigo fazer e resolver”, conta a farmacêutica.
A rotina de Diana inicia com a inspeção de tudo que tem e o que não tem na farmácia e as principais necessidades do hospital. Ela destaca que o fato de ser mulher acaba ajudando muito mais na organização por ter um olhar minucioso e operacional.
"Meu trabalho existe uma atenção criteriosa por se tratar de prescrição médica e não pode ocorrer falhas. Hoje declaro com orgulho e experiência que ser mulher preta e profissional de saúde é gratificante", diz orgulhosa.
A característica aguerrida também faz parte da rotina da técnica de enfermagem, Regiane Martins. A profissional atua no Pronto Atendimento Infantil (PAI) há 9 anos. Já passou 'Natais', feriados e o próprio aniversário trabalhando, mas se sente feliz por cuidar de crianças a qualquer momento.
"Sou uma mulher apaixonada pela profissão. É uma rotina corrida, mas sou feliz em cuidar dos outros com amor e dedicação. Acredito que o Dia da Mulher é especial por ser uma data de luta e de exaltação pelas mulheres destemidas e determinadas, como eu”, enfatizou.
A enfermeira Camila Dias é a profissional responsável pelo andamento da Operação Dr. Teles, que oferta atendimentos a domicílio para pessoas recebidas no HE. Ela é atenciosa, dedicada e muito competente. Quem a descreve assim, são os próprios pacientes do programa.
"É uma honra receber essa equipe em casa e ter tanto carinho e cuidado. A enfermeira Camila é a mais dedicada, acolhedora e sempre tira todas as minhas dúvidas. Sou muito bem atendido", diz o professor Antônio Sousa, atendido pela enfermeira.
A dedicação é rotina da profissional que chega antes de todos para organizar as fichas, pegar prescrições, ver medicação e analisar se tudo está pronto para as visitas. Além disso, ele ainda ajuda na avaliação de novos pacientes ao programa.
Ela acredita que a sensibilidade da mulher ajuda a vencer barreiras e preconceitos. "Na hora de atender o paciente, por ser mulher e saber dialogar, consigo examinar melhor o histórico do paciente e as causas da doença. Conversando consigo ter mais sensibilidade em ouvir e saber a dificuldades. Percebo que alguns homens tem receio, mas ao serem atendidos de forma atenciosa eles ficam mais receptivos e o tratamento flui melhor", comenta Camila.
Para ela, ser mulher e profissional de saúde é ter a oportunidade de doar o melhor de si para outras pessoas.
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Assessoria de comunicação do Governador Clécio Luís