Prefeito Furlan é acusado de descumprir lei que garante tratamento especial a estudantes com autismo nas escolas de Macapá

Prefeito Furlan é acusado de descumprir lei que garante tratamento especial a estudantes com autismo nas escolas de Macapá

 

Por Redação 

 

O prefeito Antônio Furlan (MDB) parece ter decidido ignorar os estudantes da rede municipal de ensino diagnosticados com autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA). Denúncias formuladas por fontes bem-informadas, inclusive de dentro do próprio quadro de docentes da Prefeitura de Macapá, dão conta de que nenhuma das mais de duzentas escolas geridas pelo executivo municipal atendem às exigências da Lei n.º 12.764/2012, que estabeleceu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. "É comum encontrar sala de aula no sistema de ensino macapaense com quatro, cinco crianças com TEA. E Furlan é médico, imagina se não fosse", alfinetaram.


As acusações contra o gestor macapaense descortinam grave negligência em relação aos alunos com autismo ou TEA. A Lei n.º 12.764/2012, conhecida como Lei Berenice Piana, estabelece diretrizes para o atendimento educacional especializado a esses estudantes, garantindo seus direitos e promovendo sua inclusão na sociedade.  
"Ao ignorar as exigências dessa lei, o prefeito Antônio Furlan está falhando em seu papel de garantir uma educação de qualidade e inclusiva para todos os alunos da rede municipal de ensino. É fundamental que medidas sejam tomadas imediatamente para corrigir essa situação e garantir que os estudantes com autismo ou TEA recebam o suporte necessário para seu desenvolvimento educacional e social", comentou a educadora Justina Talvino.
Segundo Talvino, alunos com autismo ou TEA apresentam características variadas que comprometem desde as suas relações e interações com outras pessoas até a sua linguagem, necessitando assim apoio no seu processo de aprendizagem em salas de aula regulares. "Educar uma criança com autismo é uma tarefa desafiadora, tanto para os pais quanto para os professores", explica.
No entendimento da especialista, é fundamental que os professores estejam preparados para atender às necessidades específicas dos alunos com autismo ou TEA, adaptando suas práticas pedagógicas e oferecendo suporte individualizado. Além disso, a parceria entre escola e família é essencial para garantir o sucesso do processo de aprendizagem desses alunos. "É preciso compreender que cada criança com autismo é única e requer um olhar atento e sensível por parte de todos os envolvidos em sua educação. A inclusão desses alunos nas salas de aula regulares é benéfica não apenas para eles, mas também para toda a comunidade escolar, promovendo a diversidade e o respeito às diferenças", disse ela.
Mas, diferente de outras capitais brasileiras, em que os gestores promoveram amplas mudanças no sistema municipal de ensino, assegurando inclusão e atendimento adequado às pessoas com transtorno do espectro autista, em Macapá, o emedebista Antônio Furlan simplesmente virou as costas para estudantes TEA, abandonado-os à própria sorte.  
Para um pai de estudante ouvido pela reportagem do portal REGIÃO NORTE NOTÍCIAS sob a condição de que sua identidade seria mantida em absoluto sigilo, a atitude do prefeito Antônio Furlan é extremamente preocupante e irresponsável. A educação inclusiva é um direito de todos os cidadãos e é dever do poder público garantir que essas pessoas tenham acesso a uma educação de qualidade e adequada às suas necessidades.
"Ao virar as costas para os estudantes TEA, o prefeito está negando a eles a oportunidade de desenvolver todo o seu potencial e de se integrar plenamente à sociedade. Essa falta de compromisso com a inclusão educacional é inaceitável e demonstra uma total falta de sensibilidade e respeito para com essa parcela da população", assinalou ele.