Prefeito Furlan é denunciado por aplicar calote de R$ 491 mil em jornalista aposentado

Prefeito Furlan é denunciado por aplicar calote de R$ 491 mil em jornalista aposentado

 

Por Redação 

 

Josué Soares Dantas, 68 anos, residente na avenida Feliciano Coelho, bairro do Trem, Macapá. Este homem deixou de ser apenas um cidadão comum, desses que se vê nas ruas, após tornar público um dos maiores escândalos envolvendo nada mais nada menos do que o prefeito da capital amapaense, senhor Antônio Furlan (Podemos).


Em jogo, a bagatela de R$ 491 mil, dinheiro que pertencia a Dantas e que em 2020, no calor da campanha eleitoral, passou às mãos de um interlocutor próximo ao Furlan candidato a prefeito pelo Cidadania, partido do qual se desfiliou ano passado.

Um empréstimo "para suprir determinadas necessidades políticas", segundo descrito na Ação de Cobrança recentemente movida contra Antônio Furlan pelo escritório de advocacia Munhoz Alves.
Dantas afirma que, por interveniência de Robson Marcos Gualberto do Carmo, entregou o recurso para um apaniguado do então aspirante a prefeito, identificado na ação pelo nome de Antônio Cirilo Fernandes Borges.


Conforme denuncia Josué Dantas, toda a tramitação do acordo foi permeada por Robson do Carmo entre outubro e dezembro de 2020, com Do Carmo assumindo o compromisso de devolver o dinheiro com juros e correção monetária em 120 dias. Ou seja, logo após a posse do recém-eleito prefeito de Macapá, Antônio Furlan.

Esgotado o prazo acordado por Robson do Carmo, que sempre afirmara nas conversações estar agindo segundo orientações de Antônio Furlan, Josué Soares Dantas iniciou a peregrinação  na direção do Palácio Laurindo Banha, sede do executivo macapaense, tentando encontrar-se com Furlan.
Todas as diligências nesse sentido falharam.
Antônio Furlan, alcunhado "Prefeitão", se esquiva sempre que é procurado para falar sobre essas questão.


Quanto a Robson do Carmo e Cirilo Fernandes, Dantas não os viu mais. De prova, para comprovar a beiçada que levou, seis notas promissórias que anexou na ação de cobrança.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da PMM, mas não obteve retorno das ligações via celular. Ninguém, da alta cúpula de bajuladores do tal "Prefeitão", quis falar sobre o assunto. Estão com medo, comentou, entredentes, uma ex-assessora de Furlan cujo nome pediu para ser mantido em sigilo. "Tem muita coisa errada rolando nos bastidores da prefeitura de Macapá", completou ela.
Dantas ainda não quer ser entrevistado para falar sobre o assunto. Diz que tudo está nas mãos de Deus e nas de seu advogado, que dispensou os honorários com base no Artigo 98, do Código de Processo Civil que, resumidamente, concede ao pobretão "direito à gratuidade da Justiça". 
E Dantas, de acordo com a ação em trâmite, tornou-se um pobretão ao ser criminosamente lesado.