PF avança em investigação e deve prender Bolsonaro e militares por tentativa de golpe de Estado
Por Redação
O ex-presidente Jair Bolsonaro deve ser indiciado pela Polícia Federal no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições presidenciais de 2022. A reportagem descobriu que, além de Bolsonaro, os ex-ministros general Augusto Heleno e Braga Netto, o líder do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, também devem ser indiciados pelas autoridades.
Uma relação com os nomes dos suspeitos já foi encaminhada ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A previsão é que dezenas de indivíduos sejam indiciados, incluindo militares e ex-assessores.
De acordo com fontes consultadas pela reportagem, eles responderão por delitos como tentativa de golpe de Estado, supressão violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa por planejar e tentar implementar um golpe militar para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Na terça-feira (19), a Polícia Federal deteve cinco suspeitos durante a Operação Contragolpe, acusados de tramar um golpe de Estado para impedir a posse de Lula e “limitar a livre atuação do Poder Judiciário”.
Entenda o caso
A Polícia Federal revelou, na terça-feira (19), um plano de atentado contra o atual presidente e vice, arquitetado por integrantes da gestão do ex-presidente Bolsonaro, enquanto ainda estavam à frente do Governo, em 2022. O planejamento incluía mortes por envenenamento ou "uso de químicos para causar um colapso orgânico".
Os investigados na Operação Contragolpe são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais. Além disso, a PF descobriu que havia um plano operacional detalhado, chamado "Punhal Verde e Amarelo", previsto para ser executado no dia 15 de dezembro daquele ano, específico para executar o presidente e o vice eleitos.
Também estava nos planos dos militares executar Alexandre de Moraes, caso o golpe de Estado fosse consumado.