Presidente Lula deu um mega puxão de orelha em Antônio Furlan, após o Prefeito abandonar a comitiva presidencial
Por Redação
O presidente Luís Inácio Lula da Silva, que esteve em visita na segunda-feira, 18, à capital amapaense, entregando mil moradias do Residencial Miracema, construídas com recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida, deu um tapa com luva de pelica no prefeito de Macapá, médico Antônio Furlan (Podemos). Começou elogiando a iniciativa de Furlan em recepcioná-lo no Aeroporto Internacional "Alberto Alcolumbre", mas, algumas frases adiante, criticou-o por abandonar a comitiva na metade do caminho alegando "urgência profissional".
O petista lamentou que o prefeito da capital de um estado não tenha podido participar de dois importantes eventos para a população local: a entrega de imóveis para pessoas socialmente vulneráveis e assinatura da medida provisória que suspenderia a majoração de energia elétrica pretendia pela CEA Equatorial e que elevaria o valor a tetos estratosféricos.
"Encontrei com o prefeito no aeroporto e pensei que ele vinha pra cá. Se ele viesse pra cá, ele seria tratado com respeito porque eu iria tratá-lo como prefeito. Eu não iria perguntar se ele gosta de mim, não ia perguntar se ele já me xingou, não ia perguntar de que partido ele é. Iria tratá-lo como prefeito eleito da cidade. Espero que da próxima vez que eu aqui vier humildemente, ele possa participar. Porque esta não é uma festa do Lula [da Silva], não é uma festa do Clécio [Vieira, governador do Amapá], não é uma festa do Alcolumbre [Davi, senador pelo Amapá], não é festa do Waldez [Góes, ministro da Integração e Desenvolvimento Regional], não é festa do companheiro Randolfe [Rodrigues, senador pelo Ampá], esta é uma festa do povo do Amapá", disse Lula, em discurso durante o evento.
A fala do presidente da República sobre a escapulida de Antônio Furlan, que abandonou a comitiva dele no meio do percurso, foi, como se diz popularmente, um “tapa com luva de pelica”. A expressão conhecida também com uma “bofetada de luva branca”, que significa “resposta delicada, apropriada a uma ofensa”. E Lula se sentiu ofendido ao ser informado do que considerou uma desfeita do prefeito de Macapá em afastar-se de sua comitiva.
Ainda na tarde de segunda-feira, a fala de Lula repercutiu no principal gabinete do Palácio Laurindo Banha, sede da PMM, abalando o prefeito devido à contundência das palavras.
Preocupado com a repercussão negativa, Furlan recorreu ao jornalista Silas Assis Júnior, proprietário do jornal GAZETA DO AMAPÁ, um periódico que ainda circula em Macapá na versão impressa, para que publicasse nota de esclarecimento sobre as razões que o levou a largar a comitiva presidencial. Segundo a publicação, Furlan “(...) precisou interromper a agenda oficial para fazer uma cirurgia de emergência e, consequentemente, salvar a vida de uma paciente que estava prestes a morrer”. E arrematou com uma frase de efeito: “Entregas fazemos todos os dias, mas a vida humana só podemos salvar uma vez.”