A 3 dias das eleições 2024, confira 7 escândalos que marcam a campanha de Furlan em Macapá

A 3 dias das eleições 2024, confira 7 escândalos que marcam a campanha de Furlan em Macapá

Por Redação 

 

_De facção criminosa a manifestação por atraso de salários, prefeito da capital faz o jogo do ‘vale tudo’ para a reeleição._

 

Ignorando as investigações policiais e sem fazer nenhum esforço para prestar contas com os cidadãos, o candidato à reeleição em Macapá, prefeito Furlan, segue fazendo memes na internet e encarnando o personagem do “rei das festas e do rock doido” para pedir o voto à população. 

 

A três dias para as eleições municipais, duas operações da Polícia Federal revelam as investidas de facções criminosas no financiamento de campanhas, além de denúncias de propina em obras públicas, e atrasos de salários de trabalhadores. Veja:

 

*1- Subsecretário da Zeladoria da prefeitura de Macapá é preso suspeito de integrar organização criminosa*

 

Batizada de Herodes, a operação da Polícia Federal (PF), deflagrada no dia 20 de setembro, prendeu Jesaias Silva e Silva, o “Jeiza”, então subsecretário de Zeladoria do prefeito Furlan e líder da campanha à reeleição do candidato no conjunto Macapaba. 

 

De acordo com as investigações da PF e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Amapá (FICCO/AP), “Jesa” teria envolvimento com uma facção criminosa que estaria financiando as campanhas eleitorais dos candidatos apoiados por ele. Exonerado do cargo e abandonado pelo grupo político, ele segue preso.

 

*2 - Operação da PF identifica participação de facção criminosa em financiamento de campanha de candidato à vereador do grupo político de Furlan*

 

Luanderson Alves, “Caçula”, também foi alvo da Operação Herodes. De acordo com a investigação policial, como forma de fortalecer a campanha do candidato da facção, criminosos estariam ameaçando os moradores das áreas dominadas pelo tráfico a votar na pessoa indicada por eles. 

 

*3 - Anexo de creche municipal no Macapaba, era usado como comitê eleitoral*

 

O anexo da Creche Eliana Azevedo no Conjunto Macapaba, na Zona Norte de Macapá, pago com recursos públicos pela gestão do prefeito Furlan, estaria servindo de comitê eleitoral do candidato a vereador "Caçula", Luanderson Alves, um dos principais alvos da Operação Herodes da Polícia Federal.

 

*4 - Moradores do Macapaba denunciam "coação por votos" e pedem socorro*

 

Os moradores do habitacional estão vivendo momentos de terro por medo de se manifestar e contam que integrantes de facções seguem coagindo os eleitores a votarem em candidatos específicos nas eleições da capital, sob ameaças de retaliação. A denúncia, ganhou mais relevância após a Operação Herodes, que resultou na prisão do subsecretário da Zeladoria Urbana de Macapá, “Jesa”, e na busca pelo candidato a vereador “Caçula”, integrantes de prestígio e da linha de frente da gestão e campanha à reeleição de Furlan.

 

*5 - Farra da propina nas obras da prefeitura de Macapá*

 

No dia 19 de setembro, a Polícia Federal deflagrou a Operação “Plattea”, contra crimes de corrupção e pagamentos de propina em obras na gestão de Furlan. Na ação foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão na capital, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sendo um na casa e outro no gabinete do prefeito e candidato à reeleição, Furlan.

 

Entre os investigados está o secretário de Obras de Macapá, que segue no cargo, Cássio Cruz. Segundo o que foi apurado, a fraude ocorreu na execução da obra da Praça Jacy Barata, na orla da capital, orçada em mais de R$ 10 milhões e 340 mil, onde o empresário da empresa vencedora da licitação teria pagado propina de 5% do valor, e posteriormente aumentado para 20%, para agentes políticos da gestão municipal.

 

*6 - Crise do transporte público*

 

 Após um ônibus ficar sem freio e invadir uma panificadora, na Zona Norte de Macapá, revelando o sucateamento da frota anunciada pelo prefeito Furlan, o candidato foi questionado pela própria população sobre os novos veículos que teria colocado para circular na capital, mas que nenhum passageiro viu.

 

Em três anos, a atual gestão da prefeitura da capital reduziu de 179 para 40 o número de ônibus e fracassou em duas tentativas de promover chamamento público, pois a tarifa é defasada e não há segurança jurídica em razão de tantos episódios em investigação relacionados à fraude processual e da licitação.

 

*7 - Salários atrasados de trabalhadores*

 

A reforma do Palácio Laurindo Banha, sede da Prefeitura de Macapá, continua sendo marcada por atrasos e problemas financeiros. No dia 24 de setembro, funcionários da empresa responsável pela obra realizaram um protesto em frente à Prefeitura, reivindicando o pagamento de seus salários atrasados. 

 

Inicialmente prevista para ser concluída em 12 meses, a reforma já se arrasta por quase dois anos. Além do atraso, a obra sofreu um aditivo de R$ 1,9 milhão, elevando o custo total para R$ 5,7 milhões – um aumento de 50% em relação ao valor inicial. A justificativa para o acréscimo seria a necessidade de reorganizar ambientes, trocar o telhado e realizar novos projetos de paisagismo.

 

*O silêncio de Furlan*

 

Diante de um caso tão grave, que envolve acusações diretas contra um membro de seu secretariado e coloca em dúvida a lisura dos processos licitatórios da prefeitura, o prefeito Antônio Furlan permanece em silêncio. A falta de uma manifestação oficial por parte do gestor municipal é interpretada por muitos como uma admissão tácita das irregularidades denunciadas.