Rompimento em andamento: Deputado Federal Acácio Favacho mostra que não será marionete do Prefeito Furlan

Rompimento em andamento: Deputado Federal Acácio Favacho mostra que não será marionete do Prefeito Furlan

Por Redação 

 

A construção das coligações partidárias para as eleições de 2024 é tratada como assunto estratégico nos bastidores políticos dos prefeitos amapaenses, todos em busca de um nome viável nas urnas. O sigilo é ainda maior em caso de acirramento entre figurões do mesmo partido ou durante as negociações de diferentes grupos do mesmo espectro político.

Na pré-campanha eleitoral para a prefeitura de Laranjal do Jari, a 320 quilômetros da capital amapaense, a exceção virou regra com a exposição da suposta disputa entre o deputado federal Acácio Favacho, e o prefeito de Macapá, Antônio Furlan (ambos do MDB).
A cidade, com 29.239 eleitores, é de grande relevância para o congressista, que busca ampliar sua base de apoio para futuras tratativas nas eleições gerais de 2026, com vistas a voos mais altos. Da mesma forma, o prefeito de Macapá vem demonstrando, por meio de seus movimentos políticos, o desejo de costurar alianças com lideranças locais, visando a disputa pela principal cadeira do Palácio do Setentrião, também em 2026.
Em conversas reservadas, o parlamentar tem confidenciado crescente insatisfação com o comportamento de Furlan, no entendimento dele, um "subalterno insubordinado", pouco afeito ao reles papel de coadjuvante. Move-se no tabuleiro conforme o tamanho de sua ambição, teria avaliado Favacho, e esta, no parecer dele, cresce como pirão de açaí com meio quilo de farinha da baguda despejada de uma vez na tigela.
Essa insatisfação do parlamentar com o comportamento de Furlan parece indicar um conflito de egos e uma disputa de poder dentro do cenário político. A metáfora utilizada para descrever a ambição de Furlan como um pirão de açaí reforça a ideia de que ele está se destacando e ganhando espaço rapidamente, sem medo de confrontar os interesses estabelecidos. A dinâmica entre esses personagens promete ser intensa e cheia de reviravoltas, com cada um buscando afirmar sua posição e influência no jogo político.
Ao invés da movimentação silenciosa e calculada no xadrez político, integrantes dos dois grupos, agora em franca rota de colisão, constatam as articulações políticas com declarações públicas. É o caso de Acácio Favacho, que anunciou apoio ao pré-candidato na disputa pela prefeitura laranjalense, Teddy Marcel; enquanto Furlan, que já demonstra ampla articulação em suas recentes andanças pelo Estado, pretende apoiar o tenente Aurivam (PSD), ex-diretor-presidente do Detran na gestão do então governador Camilo Capiberibe (PSB), um de seus apoiadores mais destacados.

Aurivam tem como padrinho politico e articulador de primeira hora o Senador Lucas Barreto (PSD) que não medirá esforços para fazer Aurivam Prefeito de Laranjal do Jari..


Agora, as decisões dos emedebistas, que têm peso na balança do pleito na capital do estado, estão expostas e são aguardadas pelo impacto na formação das coalizões de direita e de esquerda. Antônio Furlan, que tem o apoio de proeminentes da extrema-direita amapaense, como o empresário Jaime Nunes e a deputada federal Silvia Waiãpi (PL), representa a direita numa polarização crescente com a proximidade do início da campanha eleitoral.
Do lado oposto, está Teddy Marcel, ungido pelo prefeito Márcio Serrão como seu provável sucessor. Teddy também conta com os apoios da ex-secretária estadual de Assistência Social, Aline Gurgel, senador Davi Alcolumbre (União Brasil) e do Governador Clécio Luís.
A questão, no entanto, não para somente no jogo de interesses dos dois emedebistas. Ao avalizar a filiação de Antônio Furlan no MDB Amapá, Acácio Favacho sabia, de antemão, que estaria lidando com um perigoso candiru da política local. Afinal, ele mesmo foi um quando se filiou ao MDB, que, durante anos, foi controlado pelo ex-senador Gilvam Borges. O descontentamento do congressista, em espiral crescente com a campanha em andamento, ganhou visibilidade quando percebeu que o prefeito de Macapá estava manobrando nos porões para sobrepujá-lo nas articulações políticas, querendo tratá-lo como uma mera marionete.
A disputa só está começando.