Quando foi Deputado Estadual, Prefeito Furlan, liderou a privatização da Cea e hoje empresários vão a falência com contas de energia absurdas

Por Redação 

Dezembro de 2016:

Waldez indica deputado Antônio Furlan como líder do governo na Alap

"O governador Waldez Góes (PDT) indicou o deputado Antônio Furlan (PTB) como novo líder do governo na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap). A escolha do parlamentar ocorreu mais de um mês depois de Ericláudio Alencar (PDT) deixar o posto no legislativo para comandar a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em novembro."

(Fonte: https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2016/12/waldez-indica-deputado-antonio-furlan-como-lider-do-governo-na-alap.html)

Abril de 2017:

Assembleia Legislativa do Amapá começa a discutir processo de privatização da CEA

"O deputado Dr. Furlan (PTB) disse que o governo do Amapá já iniciou o debate da questão junto aos deputados que a privatização [da CEA] é irreversível. 'Já foi realizada uma reunião técnica com deputados e técnicos da área energética. Todas as concessionárias estaduais serão privatizadas. Se não fizermos isso aqui, correremos o risco de ficarmos no ‘nem’. Nem privatizada e nem federalizada. Ficaremos só com o ônus', alertou, lembrando que a privatização trará benefícios como a ‘tarifa social’ contemplando milhares de famílias."

(Fonte: https://www.diariodoamapa.com.br/cadernos/politica/assembleia-legislativa-do-amapa-comeca-a-discutir-processo-de-privatizacao-da-cea/)

Dezembro de 2024:

Conta de energia custa mais de R$ 27 mil e proprietário de restaurante protesta contra CEA Equatorial

"Um proprietário de restaurante, que fica localizado, no bairro Buritizal, protestou contra o recebimento de uma fatura de energia entregue pelo Grupo CEA Equatorial que custa mais de R$ 27 mil."

(Fonte: https://pontodapauta.com.br/noticia_view.php?id_noticia=128602)

Os trechos das três notícias acima reproduzidos por REGIÃO NORTE NOTÍCIAS estão correlacionados por um personagem central: Antônio Furlan, prefeito reeleito de Macapá pelo MDB.

Em meados de 2016, um apagado deputado estadual começou a frequentar o Palácio do Setentrião com surpreendente assiduidade. Não precisava ser anunciado. Passava direto para o principal gabinete da sede do governo amapaense.

Dentro, com a mão estendida, o aguardava um solícito e sorridente governador. Era Waldez Góes, atual ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional.

As conversas, sempre reservadas, versavam sobre dois assuntos à época assaz importantes para os dois políticos: o primeiro, a privatização da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA); a segunda, de capital importância para a carreira do visitante ilustre: sua indicação para líder do governo no parlamento estadual. 

Como representante de Waldez, a missão de Furlan era atuar nos bastidores no convencimento dos recalcitrantes (oposição ou situação) sobre a "necessidade" de privatização da CEA.

Furlan seguiu à risca a cartilha "walderista". Tomou o projeto para si, tornado-se não somente porta-voz de seu chefe, mas ardoroso defensor do projeto dele.

Em novembro de 2021, o Grupo Equatorial Energia assumiu o controle absoluto da CEA. 

Três anos depois, o proprietário de um restaurante localizado no bairro do Buritizal, em Macapá, estende uma faixa na porta de seu estabelecimento para protestar contra a cobrança exorbitante de uma conta de consumo feita pela CEA Equatorial.

Infelizmente, ele não está sozinho nessa cruzada. Centenas de outros consumidores amapaenses também reclamam das cobranças acachapantes feitas pelo Grupo Equatorial Energia, o mesmo que foi defendido com extremo entusiasmo pelo então deputado estadual Antônio Furlan.