Ministério Público quer ouvir servidores da gestão Furlan sobre denúncia de pagamento de propina na obra da Praça Jacy Barata Jucá
Por Redação
Em plena terça-feira de carnaval, quando o prefeito de Macapá percorria a cidade junto com o governador Clécio Luís e os senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues para tratar sobre os alagamentos, o Ministério Público Estadual autuava procedimento para apurar denúncias de recebimento de propina que pesam contra Antônio Furlan, seu irmão Furlan Neto e o secretário de Obras Cássio Cruz.
O caso está sendo apurado pelo promotor Eli Pinheiro, da 1ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. Nesta quarta-feira, o Diário Oficial do MP publicou a portaria 014/2024-PRODEMAC, determinando a instauração de procedimento administrativo para apurar o contrato 008/2021-SEMOB. A acusação que pesa contra os gestores é que após ter se recusado a pagar propina, a empresa contratada foi sumariamente retirada da obra de revitalização da praça Jacy Barata Jucá, localizada na orla da cidade. Foi então feito às pressas um contrato sem licitação com outra empresa, cujo valor praticamente dobrou.
O MPE quer ouvir os engenheiros civis Dimas Antônio Moreira Maciel, Manoel Ferreira da Conceição Neto e Marcus Antônio Barros da Silva, que atuaram como fiscais da obra. Embora tenham emitido relatório atestando a regularidade dos serviços, a Procuradoria do Município interveio determinando o distrato. Segundo a denúncia, o processo tramitou na Progem em tempo recorde (menos de 24 horas).
O dono da empresa que fez a denúncia contra os gestores é casado com a vereadora Luany Favacho, que teve a casa alvejada a tiros há alguns meses. Até hoje ninguém foi identificado pelo atentado.