Falou tudo e não explicou nada: discurso de indecisão de Luana Serrão pode levar a exoneração de sua irmã da gestão Furlan

Por Redação 

A vereadora Luana Serrão (União) foi muito criticada por aparecer nas redes sociais ao lado do prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB), adversário político de sua família, o ex-prefeito de Laranjal do Jari, Márcio Serrão, e a presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, deputada Alliny Serrão, ambos também filiados ao União. 

Membro da oposição na Câmara de Vereadores de Macapá, a vereadora se tornou alvo de críticas virulentas após declarar apoio massivo ao prefeito da cidade, uma decisão vista como contraproducente por seus parentes, outros vereadores de oposição e, também, pelos líderes do partido no Amapá.

O vacilo cometido pela vereadora, dizem experimentados observadores, é típico de político principiante. Pior ficou o prefeito macapaense, metido a raposa felpuda; pensou estar dando uma tacada de mestre quando, na verdade, estava se metendo numa furada. Mediante a promessa de cargos na administração municipal, ele conseguiu convencer Luana para compor suas fileiras. Só esqueceu de calcular a repercussão que isso poderia ter.

Segundo fontes consultadas pela reportagem, o prefeito havia oferecido o cargo de diretora-presidente do Bioparque da Amazônia para a irmã de Luana, Carolina Serrão, em substituição a João Alvarenga, premiado com a vaga de vice-presidente.

Isso foi segunda-feira, 10 de março. No dia seguinte, o emedebista já estava propenso a desfazer a suposta nomeação. Luana não conseguiu cumprir o que havia firmado nas negociações, o de ocupar a tribuna da CVM e formalizar o ingresso na bancada governista.

Até agora, somente a própria Luana Serrão sabe qual será seu próximo passo. Ou, talvez, nem mesmo ela saiba.