EXCLUSIVO: Abundância mineral no Amapá inspira criação de secretaria de Estado comandada por Jotávio Borges Gomes

EXCLUSIVO:  Abundância mineral no Amapá inspira criação de secretaria de Estado comandada por Jotávio Borges Gomes

Por Redação 

 

O site inicia uma sequência de três reportagens sobre os recursos minerais existentes no Amapá. A proposta é analisar as ações voltadas para pesquisa, produção, transporte, beneficiamento, transformação, comercialização, abastecimento, armazenagem e fomento da produção minerária, com foco no desenvolvimento econômico do Amapá.

Esta primeira matéria será divida em duas partes. Segue a primeira, que tem como protagonista o secretário de Mineração do Amapá, Jotávio Borges Gomes.

 

PARTE I

 

Qual é o potencial da mineração no Amapá? Não existe resposta definitiva para esta pergunta. Nem pesquisas acadêmicas com estimativas científicas concludentes.

O que todos sabem, mais de ouvir falar, é que o Amapá possui riqueza mineral incalculável.

Infelizmente, esse patrimônio ainda não pertence ao povo amapaense. Explico: com mais de 70% de sua área territorial sob rígida legislação ambiental, o Amapá deve demorar para dispor dessa abundância em ouro, ferro, manganês, caulim e granito. Mas existem outros, uma enorme variedade, igual ou mais valiosa do que os anteriormente relacionados.

É uma projeção imaginária.

Sim, isso mesmo. Imaginária porque, apesar dos inúmeros trabalhos de conclusão de curso, teses e dissertações elaboradas sobre o tema e arquivadas nas bibliotecas das universidades federais na Amazônia Legal, nenhuma delas conseguiu dimensionar a quantidade de minérios, o valor de mercado e os benefícios que esses recursos poderiam proporcionar aos milhares de amazônidas, boa parte vivendo entre a pobreza parcial e a miséria absoluta.

Em 2019, o então governador do Amapá, Waldez Góes, hoje ministro da Integração e Desenvolvimento Regional do governo Lula, lançou o documento intitulado "Plano de Mineração do Estado do Amapá", com abrangência até 2030. Trata-se de um projeto ambicioso, resumido em 80 páginas, elaborado com a proposta de elevar a atividade mineral a "uma posição de destaque na economia amapaense, impulsionando as economias municipais, promovendo a geração de emprego e renda e contribuindo com a arrecadação de tributos".

Poderia ter deslanchado se não fosse a pandemia da Covid 19 no Amapá.

Quase três anos e meio depois, o governo Clécio Luís está dando prosseguimento ao "Plano de Mineração do Estado do Amapá". Foi essa proposta que inspirou o lançamento da Secretaria de Estado de Mineração, comandada por Jotávio Borges Gomes, geólogo e geofísico, com especialização em Petróleo e Regulação do Setor Público e Direito Minerário.

Gomes aceitou o desafio de bom grado. Afinal, tem know-how para o cargo. Foi funcionário de carreira da Petrobrás, atuando no setor de Óleo e Gás por 40 anos, onde exerceu funções como gerente interino de exploração na Região Norte. Também foi superintendente interino e gerente de Pesquisas da Agência Nacional de Mineração (ANM); especialista em regulação e contratos de concessão da Indústria de Mineração e Energia pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), onde também atuou como gestor de contratos de concessão e exploração de óleo e gás; gerente de relacionamento com órgãos do governo e parceiros do setor privado em empresas de Mineração, Óleo e Gás; além de consultor de multinacionais, incluindo sua entrada no mercado nacional.

Apesar do currículo admirável, ele sabe que a parada é duríssima. Por isso, tem dedicado este início de gestão à montagem infraestrutural da secretaria, projetando a formação de uma equipe com geólogos qualificados para iniciar a prospecção mineral em regiões que não estejam sob jurisdição ambiental.

Os obstáculos são gigantescos, porém, Gomes está disposto a enfrentá-los, e superá-los, utilizando todos os recursos tecnológicos que estiverem à sua disposição.   

 

(CONTINUA)