Depois de fechar empresas e desempregar centenas de rodoviários, Furlan encerra malfadada intervenção no transporte público

Por Redação
Três empresas que fecharam as portas, mais de 400 trabalhadores que perderam o emprego, denúncias de corrupção, fraude em licitação e adulteração de documento público e contratações milionárias por dispensa de licitação. Esse foi o saldo da intervenção no sistema de transporte público de Macapá, que oficialmente encerrou esta semana com a publicação do decreto 1457/2025 no Diário Oficial do Município.
A intervenção começou em meados de 2023 sob o pretende de caos no sistema de transporte. De fato, quando assumiu a prefeitura de Macapá, em janeiro de 2021, Dr. Furlan assumiu 172 veículos deixados pela gestão de Clécio Luís. Em menos de um ano conseguiu sucatear o sistema e reduzir a frota para pouco mais de 30 ônibus.
O cenário de caos tinha um objetivo: garantir a entrada, sem licitação de uma empresa criada em 23 de janeiro de 2024, a Nova Macapá, cuja titularidade ainda é um mistério. A prova disso é que, com o fim da intervenção, e contando com a conivência do Sindicato dos Rodoviários, a CTMac assinou um termo de intenções para assumir os trabalhadores de Capital Morena e Amazontur, que já foram consideradas as melhores empresas do sistema, e que fecharam as portas durantes a intervenção capitaneada por Rodrigo Portugal, conselheiro de Furlan.
Também sem licitação, a CTMac contratou uma nova empresa de bilhetagem, cujo processo administrativo de contratação durou 72h e que recebeu um terço do contrato (R$ 1,5 milhão) antes mesmo de iniciar as atividades. A contratação é objeto de ação judicial que tramita no STJ e de inquérito instaurado no Ministério Público Estadual.