Com lambanças de Olavo Almeida e Prefeito Furlan, edital de atrações artísticas do Macapá Verão 2023 lançado pela PMM é cancelado após pressão do movimento cultural
Por Redação
Vinte e quatro horas após ser anunciado por Olavo dos Santos Almeida, diretor-presidente da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), o edital de credenciamento para atrações artísticas do Macapá Verão 2023 não resistiu à pressão do movimento cultural progressivo de Macapá que apontou falhas graves no documento da Prefeitura, principalmente por deixar fora da programação artistas, grupos folclóricos e bandas locais.
Na tarde de sexta-feira, 26, Almeida anunciou o cancelamento dele.
Fontes ligadas ao Conselho Municipal de Política Cultural dizem que desde o ano passado a Fumcult tem um banco de dados com cadastro de todos os artistas e produtores culturais do Amapá. "Então, esse edital de credenciamento é um banco de dados de artistas de atrações válido por um ano e aí eles tentaram burlar esse credenciamento pela ordem e lançaram o edital aonde não contempla a maioria dos segmentos e também não fala a quantidade de atrações, também propõe valor muito abaixo do que tava no credenciamento. Sendo assim, o movimento foi para cima, questionando. Eles [prefeito Antônio Furlan e Olavo Almeida] acabaram cancelando esse edital do Macapá Verão 2023", denunciam os representantes do movimento cultural progressivo.
A grita maior é contra os valores dos cachês propostos no edital da Fumcult: de R$ 1 mil a R$ 4 mil, segundo afirmam, irrisório para ser dividido com outros músicos, no caso de banda ou apresentação de grupo folclórico.
A afronta maior, apontam, está no artigo 46 do edital. Conforme o texto, A Fumcult "(...) se reserva ao direito de contratar serviços artísticos de bandas, grupos e artistas de renome nacional e internacional, devidamente comprovados, que não tenham participado deste edital, desde que atendam às mesmas exigências documentais deste ato convocatório."
Afirmam que dificilmente um "artista de renome nacional e internacional" viria à Macapá para ganhar R$ 1 mil ou R$ 4 mil. Para eles, uma prova inconteste do tratamento desrespeitoso do prefeito Antônio Furlan para com o Amapá e para com os artistas macapaenses.