Artista tucuju, Carla Nobre denuncia desrespeito e calote promovido pelo Prefeito Furlan

 

Por Richard Duarte

 

 

Artistas, poetas e escritores amapaenses não tiveram a mesma sorte, nem o cacife de Wesley Safadão e Pitty, quanto ao recebimento de seus cachês. A exemplo da professora Carla Nobre, graduada em Letras pela Universidade Federal do Amapá, mestre pelo Programa Multidisciplinar de Direito Ambiental e Políticas Públicas da Unifap, com dissertação na área da Literatura, e professora na Universidade Estadual.

Carla foi contratada pela Prefeitura de Macapá para apresentar-se no Mercado Central na abertura do Macapá Verão 2023 com saraus literários, trabalho que desenvolve voltado para a difusão da literatura produzida na Amazônia.

Não recebeu um tostão do acordado com a Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), leia-se diretor-presidente Olavo dos Santos Almeida, preposto do prefeito Antônio Furlan no segmento de entretenimento institucional.

Indignada com o descaso, e o desrespeito proposital do "Prefeitão", alcunha de Antônio Furlan, Carla Nobre gravou a live exibida no fim dessa reportagem denunciando que os artistas tucujus estavam sem receber seus proventos após as apresentações no Mercado Central.

Agentes da guarda pretoriana do "Prefeitão" ameaçaram, em diversos momentos, arrancar o aparelho celular das mãos da artista amapaense.

 

Ninguém sabe, ainda

Aliás, a caixa-preta sobre os pagamentos dos cachês para Wesley Safadão e Pitty é guardada a sete chaves no principal gabinete da Prefeitura de Macapá. A reportagem apurou, junto a conhecidos produtores de grandes shows na capital amapaense, de que um artista de renome nacional só confirma apresentação em localidades fora do eixo sul-sudeste quando 70% do valor acordado é depositado em conta bancária pelo contratante.

Sendo assim, é fácil deduzir que o contribuinte macapaense bancou os vultosos recursos financeiros para que o sertanejo e a roqueira agendassem as apresentações no extremo norte do Brasil para as datas previamente determinadas, combinando com o contrato do Instituto Paraná Pesquisas.

Coincidência? Nenhuma.