Prestígio de Davi Alcolumbre junto a Lula pode render apoio decisivo para possível candidatura a Presidência do Senado

Prestígio de Davi Alcolumbre junto a Lula pode render apoio decisivo para possível candidatura a Presidência do Senado

Por Redação 

 

 

A recente visita ao Amapá do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assinar uma Medida Provisória (MP) para frear o reajuste de 44,41% na tarifa de energia elétrica proposta pela Companhia de Eletricidade do Amapá, CEA Equatorial, e aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), deu a exata dimensão do prestígio do senador Davi Alcolumbre (União Brasil) junto ao Palácio do Planalto.

A presença de Lula no estado natal do presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado confirma o apoio do petista a uma possível candidatura dele à presidência do Congresso Nacional. 

Considerado possível sucessor de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como líder do Senado em 2025, quando o mandato de Pacheco chega ao fim, Davi Alcolumbre vem respondendo aos interlocutores ter interesse em retornar ao cargo: "Se os senadores manifestarem apoio, estou disposto a aceitar", declarou, ao ressaltar ter obtido êxito na sua "intensiva campanha", ao ser reeleito senador em 2022. "No Senado, se perguntarem quem não pode ser candidato [à presidência], apenas Rodrigo não pode, pois já ocupou o cargo duas vezes. Por isso, aguardo com expectativa o momento da decisão para descobrir qual será o rumo desta jornada, conforme a vontade divina", acrescentou.

Semanas atrás, Davi Alcolumbre havia formalizado a Medida Provisória. Mas somente agora, após ter papel preponderante na aprovação do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF), foi avalizada pelo presidente Lula. 

A MP proposta por Alcolumbre permitirá que uma parte dos fundos arrecadados com a privatização da Eletrobras seja direcionada para diminuir o aumento das tarifas de energia elétricano Amapá. A CEA queria aumento nas tarifas devido a melhorias e investimentos implementados após a privatização da empresa em 2021, adquirida pelo grupo Equatorial Energia por meio de um leilão.

Nas últimas semanas, o Ministério de Minas e Energia tem trabalhado na elaboração dessa MP, havendo pressões nos bastidores por lideranças políticas estaduais.

No dia 11 de dezembro, a Aneel já havia decidido adiar a revisão tarifária extraordinária de energia elétrica no Amapá, o que teria resultado em um aumento médio de 44,41% para os consumidores. Essa medida ocorreu depois que Fernando Mosna, relator do processo, sugeriu que a Aneel prorrogasse as tarifas anuais da concessionária CEA Equatorial por mais 45 dias.

Em novembro, senadores da Comissão de Infraestrutura (CI) já haviam manifestado preocupação durante audiência pública em relação à significativa disparidade na projeção de aumento do preço da energia elétrica entre o Amapá e o restante do país.