Prefeito Furlan pretende quebrar ainda mais as finanças da Prefeitura de Macapá, dessa vez ele quer mais 200 milhões em empréstimo
Com empréstimo de mais de 200 milhões de reais, Furlan deve colocar em risco o salário dos servidores públicos municipais
Por Redação
Após provocar um rombo superior a R$ 332 milhões nas finanças da Prefeitura de Macapá, conforme apontado no relatório da Secretaria do Tesouro Nacional, divulgado em agosto, o prefeito Antônio Furlan (MDB) encaminhou à Câmara de Vereadores, na terça-feira, 12, o Projeto de Lei N.º 025/2025-PMM, solicitando autorização para contrair um empréstimo de R$ 200 milhões.
Ou seja, Antônio Furlan levou a PMM à insolvência ao realizar grandes espetáculos com artistas renomados, usando o dinheiro público para pagar altos cachês, além de financiar obras a preços exorbitantes, e agora, na expectativa de iniciar seu segundo mandato com o cofre abarrotado, recorre ao vereador Marcelo Dias, presidente da CVM, pedindo que atue como um lobista de peso para convencer os demais vereadores a aprovar a proposta.
Importante relembrar que o Tesouro Nacional advertiu Antônio Furlan sobre os gastos excessivos que vinha fazendo – muito além da capacidade de arrecadação do município de Macapá.
No decorrer do primeiro semestre de 2024, o déficit havia alcançado R$ 65,4 milhões. No segundo semestre, a situação já estava se deteriorando, com o saldo negativo atingindo R$ 242.385.787, indicando que o déficit superava os R$ 332 milhões.
A situação, que já é alarmante, deve se agravar ainda mais. Com a falta de recursos financeiros, obras que já tinham ordens de serviço em andamento estão sendo interrompidas. Além disso, a PMM está sem dinheiro até para pagar os terceirizados, a exemplo dos trabalhadores da limpeza urbana, conhecidos como "Verdinhos", e até mesmo os servidores efetivos da PMM podem ficar sem seus salários e demais proventos neste fim de ano.
Vale lembrar que, ao assumir o primeiro mandato, em janeiro de 2021, Antônio Furlan, reeleito nas últimas eleições municipais, herdou de seu antecessor (o atual governador Clécio Luís) uma prefeitura sem dívidas e com R$ 1,2 bilhão em caixa.
Os defensores do prefeito tentam justificar o quadro atual, alegando que Macapá se transformou em um grande canteiro de obras.
Só eles acreditam nisso.