Prefeito Furlan está cobrando taxas absurdas para permitir ambulantes em shows públicos

O Clécio quando foi Prefeito e agora como Governador nunca cobrou da gente esses valores exagerados, nem na Expofeira, e nem agora, durante o 'Arraiá do Povo', no Parque de Exposições da Fazendinha. Pelo contrário, construiu os espaços e nos entregou, de graça.

Por Redação 

 

Participar do Macapá Verão 2024 tem sido uma tarefa difícil para os empreendedores populares, principalmente quando o prefeito Antônio Furlan (MDB) decide impor valores estratosféricos para permitir que essas pessoas, quase sempre em situação de vulnerabilidade social, possam trabalhar nas ruas da cidade, especificamente em espetáculos do evento.
Pelo menos é o que garantem os ambulantes que estiveram na manhã de terça-feira, 02 de julho, na Secretaria Municipal de Habitação e Ordenamento Urbano (SEMHOU) — leia-se Prefeitura de Macapá — protestando contra essas cobranças descabidas.
Eles argumentam que precisam pagar taxas altas, além de uma porcentagem em cima do que faturarem no dia. Segundo denúncias enviadas à redação do portal REGIÃO NORTE NOTÍCIAS, funcionários da SEMHOU estão tratando esses minúsculos comerciantes como empresa, com vários funcionários e bom faturamento, quando, na verdade, o lucro líquido após um show costuma ser baixo para tanto trabalho.
Além disso, esses empreendedores também reclamam da falta de transparência nos critérios de seleção para participar dos shows do Macapá Verão 2024, alegando que muitas vezes são preteridos em favor de supostos apaniguados de servidores alinhados à política segregacionista de Antônio Furlan. Eles também apontam a burocracia excessiva como um obstáculo para participarem das programações patrocinadas pela PMM com o dinheiro do contribuinte.
Conforme as denúncias, os empreendedores que estiveram na SEMHOU foram humilhados e, por essa razão, protestaram com veemência no saguão do órgão. Eles esbravejaram contra a medida da PMM por cobranças de taxas escorchantes, bem acima de 100 reais em cada show do Macapá Verão.
Alguns vendedores alegaram que as taxas cobradas pela PMM estavam inviabilizando seus negócios e prejudicando o desenvolvimento cultural da cidade. Eles afirmaram que, além das cobranças elevadas, também enfrentavam dificuldades com a papelada e a falta de diálogo por parte da gestão Antônio Furlan.
"O governo do Estado nunca cobrou da gente esses valores exagerados, nem na Expofeira, e nem agora, durante o 'Arraiá do Povo', no Parque de Exposições da Fazendinha. Pelo contrário, construiu os espaços e nos entregou, de graça, para podermos trabalhar. Parece que esse prefeito já tá se achando, é isso que eu vejo", disse Jonias Figuerôa
Os protestos no saguão da SEMHOU chamaram a atenção da imprensa e mobilizaram outros empresários e artistas que se solidarizaram com a causa. A situação gerou um debate acalorado nas redes sociais e levantou questionamentos sobre como a prefeitura estava lidando com os empreendedores locais.
De acordo com representantes da SEMHOU ouvidos pela reportagem, para desenvolver a atividade comercial, o pequeno empreendedor, além de ser cadastrado, é necessário ter o documento de uso do solo e a autorização para exercer atividades nos logradouros públicos da cidade, como as praças.
O problema é que muitos trabalhadores autônomos estão se queixando das cobranças abusivas estipuladas pela prefeitura para conceder a licença necessária às atividades desenvolvidas nos logradouros. 
As cobranças exorbitantes estão dificultando a vida desses empreendedores, que já enfrentam diversos desafios para manter seus negócios funcionando. Além disso, muitos desses profissionais não têm condições de arcar com o pagamento das taxas, o que acaba prejudicando sua fonte de renda e até mesmo levando ao fechamento de seus pequenos negócios.
"Essas cobranças são surreais, precisamos trabalhar muito, às vezes sozinhos, para ter um lucro pequeno. Imagina ter que gastar  mais de mil reais em burocracia. Dificilmente, conseguimos ter um lucro desses. Por conta disso, é importante que a prefeitura reveja essas taxas e busque alternativas mais justas e acessíveis para garantir a regularização das atividades dos trabalhadores autônomos, contribuindo assim para o desenvolvimento econômico local", disse um dos ambulantes ouvidos pela reportagem.