Município de Serra do Navio está totalmente abandonado pela gestão do Prefeito Elson Belo, ramal da lagoa azul nem se fala.

 

Por Redação 

 

 

Serra do Navio padece no abandono, mas tem potencial ecológico para se tornar referência no turismo nacional

 

No feriadão de Corpus Christi, a reportagem do site REGIÃO NORTE NOTÍCIAS flagrou o município de Serra do Navio, a 210 quilômetros de Macapá, literalmente entregue às moscas. O mato alto e os monturos de lixo mostraram que o prefeito Elson Belo Lobato (Avante) não tem cumprido seu papel como gestor.


Em diversas vias, a exemplo da rua do Clube com a Três Primeira, amontoados de lixo se acumulam, atraem insetos e espalham mau cheiro, ameaçando a saúde dos mais de cinco mil habitantes.
Segundo informações obtidas em conversa com alguns moradores, há 15 dias a PMSN não fazia a coleta dos resíduos sólidos com regularidade. Os demais serviços, como o de capina e de coleta seletiva, foram suspensos. Além disso, a varrição da via pública é realizada apenas no centro da pequena cidade. 


"Somos obrigados a transitar no meio da rua porque o lixo já invadiu o passeio. Além disso, com a chuva, a água empoça e provoca mau cheiro", reclama uma comerciante local.
Conhecidas como becos, as ruas usadas por pedestres e motoristas carecem de melhorias.
"O desleixo da administração pública pode ser percebida logo na chegada", comentou outro visitante que seguia em direção à região do Cachaço. Na ocasião, ele lembrou que Serra do Navio fora tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Infelizmente, ainda não soube aproveitar-se dessa posição", assinala.

Caos generalizado
Nem as áreas mais movimentadas escapam das consequências da falta de gestão neste conturbado mandato de Elson Belo Lobato. A Vila do Cachaço, distante cerca de 10 quilômetros da sede do município, está sucumbindo em meio ao abandono. A reportagem flagrou pontos de entulhos ao redor da localidade. Por conta do descaso, segundo moradores, diversos problemas de saúde já foram registrados na região. "O lixo, que não é recolhido pela prefeitura, vai parar no mato, poluindo mananciais, rios e igarapés", conta uma dona de casa.
As dificuldades, contudo, não param por aí. A área ao redor da Escola Municipal Colônia do Cachaço está tomada pelo mato. Mesma situação foi encontrada em volta da Escola Estadual Sete de Setembro, também no Cachaço. As travessas utilizadas pelos poucos mais de mil habitantes do distrito, também estão abandonadas e tomadas por detritos. 
Bem-humorados, alguns moradores ironizam o caos e o desleixo do prefeito de Serra do Navio, lembrando o "tempo da Icomi" (Indústria Comércio de Minérios), quando Serra do Navio era chamada de "cidade modelo" devido à qualidade que existia na saúde, educação, moradia, transporte, cultura.


Mas é possível reverter esse cenário de terra arrasada. Um dos meios apontados para impulsionar este desenvolvimento seria o ecoturismo. "A região é rica em florestas tropicais densas e de terra firme. Realmente, tem muito potencial ecoturístico", assinala profissionais da área do turismo.