Ganância pelo poder: Articulação de Acácio acaba com a possibilidade de Francisca Favacho ser vice de Furlan.

Por Redação 

O presidente do MDB estadual, deputado federal Acácio Favacho, anunciou na terça-feira, 05 de março, que o prefeito de Macapá, Antônio Furlan, deixaria o Podemos, para onde havia se transferido em junho de 2023, após deixar o Cidadania, partido pelo qual foi eleito nas eleições de 2020.

Essa movimentação política confirma a aliança entre o MDB e o prefeito de Macapá, visando as eleições municipais. A filiação de Furlan ao MDB não muda muita coisa, tendo em vista que a esposa do atual Prefeito, Raissa Furlan, tinha filiação no MDB, inclusive, já teria concorrido ao senado nas eleições de 2022.

Além disso, conforme apoiadores de Antônio Furlan, a saída do Podemos e a filiação ao MDB pode significar mudança considerável já que quem só ganha com isso é o Deputado Federal Acácio Favacho e toda sua família. Aliados de primeira hora de Furlan, temem o crescimento de apenas um grupo, já que com a ida de Furlan ao MDB existe a possibilidade do Clâ Favacho indicar mais duas secretarias no primeiro escalão da gestão.

Isso causaria um esvaziamento dos aliados que buscam mais espaços na gestão Furlan e estão insatisfeitos com a falta de prestigios.

A exemplo do grupo político de Sandra Lacerda que foi recentemente exonerada da secretaria da família.

O clã Favacho, controlado com mãos-de-ferro pelo casal Amiraldo (conselheiro do Tribunal de Contas do Estado) e Francisca (ex-deputada estadual), quer que os quase 513 mil "espectadores" (número atual de habitantes na capital amapaense, segundo dados do IBGE) acreditem piamente.

Assessores mais próximos aos pais de Acácio, e do irmão deste, Júnior Favacho (deputado estadual),não ficaram satisfeitos com a articulação política feita pelo Deputado Federal Acácio Favacho em levar Antônio Furlan ao MDB. A vereadora de Macapá Luany Favacho, segundo fontes já teria até rompido com o Prefeito Furlan. Pois  o sonho de Francisca Favacho, era de ser vice da chapa de reeleição de Furlan. 

Desde o ano passado, Furlan vem manifestando o desejo de trocar o Podemos por um partido de maior relevância. Após expressar essa pretensão à presidente nacional do Podemos, deputada federal Kátia Abreu, também manifestou essa vontade em conversa reservada com Acácio Favacho.

Imediatamente, o presidente estadual do MDB viu nessa insatisfação uma oportunidade para tornar-se politicamente mais coeso no Amapá. Já em Brasília, Acácio se reuniu com o presidente do MDB nacional, o deputado federal Baleia Rossi (SP), e expôs seu projeto pessoal de expansão política no Amapá, com Antônio Furlan como bucha de canhão.

O nome de Furlan foi aceito tanto por Rossi quanto pelo governador do Pará, Helder Barbalho. A filiação partidária aconteceu em Brasília, com a presença de diversos proeminentes da política nacional. Contudo, quem acompanha o prefeito de Macapá desde 2020 afirma, com todas as letras, que ele “sabe com quem está se metendo”. E, dizem, não tem nenhuma vocação para deixar de ser marionetista e virar fantoche nas mãos dos Favacho.

Quem acredita em contos da carochinha? Infelizmente, os crédulos também têm título de eleitor. Para pavimentar a reeleição, segundo experientes observadores da política local, o prefeito de Macapá tem demonstrado assombrosa tendência suicida para correr de olhos vendados na borda estreita do precipício político de sua conturbada trajetória pessoal.

Acabou se tornando mais outro representante da política da pusilanimidade, um mero instrumento de amizades mais ou menos suspeitas.