Insensibilidade do Prefeito Furlan causa greve por salários e 13° atrasados e sepultamentos são interrompidos em Macapá

Por Redação 

 

Após posar de bom-moço nas redes sociais almoçando um "prato feito" com funcionários da PROJAM, empresa terceirizada que cuida de serviços da Prefeitura na área de limpeza pública, sepultamentos e zeladoria nos cemitérios, o prefeito Antônio Furlan, mais uma vez viu o seu "castelo de areia e fantasias" desmoronar. 


Com Vale-Alimentação, salários e 13º atrasados, trabalhadores que abrem sepulturas e realizam enterros diariamente no cemitério São Francisco, na zona norte, cruzaram os braços numa desesperada operação de greve relâmpago, que provocou mais um vexame na gestão de "fachada" do "melhor" prefeito do Brasil. As redes sociais, logo cedo, nessa segunda-feira,(11/12) foram inundadas com vários relatos emocionados e revoltados de familiares dos falecidos nos últimos dias, cujos sepultamentos não puderam ser feitos da forma habitual e digna. 
Foi possível ver nas imagens postadas, nas redes sociais, pelo menos seis carros de funerárias à espera da abertura de covas e do pessoal especializado (coveiros) para realizar os procedimentos necessários. 
Após a má notícia correr todo estado, fazendo até com que o WhatsApp limitasse para apenas 1 compartilhamento da informação, por vez, a prefeitura da capital tratou logo de improvisar uma saída para o episódio digno da novela satírica de Dias Gomes(O BEM AMADO -SUCUPIRA), mandando ao local, retroescavadeiras para cavar sepulturas improvisadas, diante do flagrante desrespeito a memória dos mortos e a dignidade de seus familiares. 
Para além da falta de consideração, em uma hora tão difícil para quem perdeu um familiar, ficou ainda a questão sanitária, com corpos se decompondo ao ar livre sob forte calor, dentro do contexto de um serviço público pelo qual se paga muito caro. 
Para complicar ainda mais, a gestão Furlan, tentou sem sucesso, através da assessoria de imprensa, desqualificar a denúncia, desmentindo o relato das famílias enlutadas, o que gerou maior revolta na comunidade. 
Ouvido pela mídia, o secretário de Comunicação Municipal Diego Santos, falando em nome do prefeito, afirmou que tudo não teria passado da propagação de fake news, o que não se sustenta, pois as imagens da fila de carros funerários e a presença de máquinas abrindo sepulturas de última hora, corroboram o relato dos parentes dos falecidos. 
Tidos pela turma de Furlan como mentirosos e propagadores de notícias falsas, pessoas ouvidas, sob a condição de anonimato, afirmaram que darão o "troco no prefeito, em breve, no ano que vem". 
Após toda repercussão negativa, para a prefeitura, foi apresentada outra razão para o "atraso" nos sepultamentos, que segundo o governo Furlan, deveu-se ao fato do Amapá ser o estado mais violento do país, com o maior número de homicídios segundo recente pesquisa. 
Nessa desculpa esfarrapada, outro absurdo e a confissão da  incompetência dessa gestão, boa de marketing, mais nula em realizações para a maioria dos macapaenses que vivem na periferia. 
Primeiro, porque os sepultamentos não realizados nesta segunda-feira nada tinha a ver com essas estatísticas de mortes intencionais. 
Já a violência relatada, acontece justamente em Macapá, capital-estado onde vive 70% da população. E aí esse fenômeno acaba não sendo só um problema de polícia, mas sim de natureza social. Nesse entendimento, a atual gestão, que só se preocupou com festas, não conseguiu atrair, em três anos, nenhuma empresa que ajudasse na diminuição do desemprego, como prometeu o prefeito na campanha de 2020. Afinal de contas, todos sabem que sem oportunidade e expectativa, os mais jovens acabam capturados para o caminho sem volta da criminalidade, grande responsável pelo aumento dos homicídios na população  da capital.  Faltou, no seu dia mais  fúnebre, até aqui, a gestão Furlan confessar mais esse fracasso para a população.