Depois de perder de forma vexatória a eleição da mesa diretora da Câmara de Macapá, Furlan faz exoneração em massa e deixa Prefeitura em um verdadeiro lockdown político.
Por Redação
Pais e mães de famílias foram surpreendidos na manhã de sexta-feira, 3 de janeiro, com a decisão do prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB), em exonerar centenas de trabalhadores dos cargos que ocupavam na administração municipal. A medida, considerada até por aliados do emedebista como “exagerada e desproporcional”, deixa centenas de servidoras e servidores na mais completa aflição.
De acordo com o decreto emitido pelo prefeito e divulgado no Diário Oficial do Município, edição de 2 de janeiro, todos os ocupantes de cargos comissionados, funções de confiança e agentes políticos foram removidos do quadro de funcionários da Prefeitura de Macapá. Segundo os argumentos apresentados por ele, a decisão tem como objetivo conter, monitorar e otimizar as despesas a partir deste começo do seu segundo mandato.
Políticos renomados, como o deputado federal Acácio Favacho (MDB), e o empresário Kassyo Ramos, parceiro de Furlan desde a pré-campanha para a Prefeitura de Macapá nos primórdios de 2020, ficaram impressionados com a bravata do prefeito de Macapá em realizar a demissão em larga escala, afetando igualmente apadrinhados e opositores supostamente infiltrados na gestão municipal.
A revolta dos funcionários demitidos foi manifestada logo pela manhã, ao se apresentarem nas repartições municipais para mais um dia de trabalho. As reações foram variadas. Alguns ficaram perplexos, sem saber o que fazer diante da notícia alarmante de um possível desemprego logo no início do ano. Alguns, mais impacientes, perderam o controle emocional, entraram em conflito com os superiores diretos, mas foram orientados a manter a serenidade, voltar para suas residências e aguardar por novas orientações.
No gabinete principal do Palácio Laurindo Banha, sede da PMM, os telefones de Antônio Furlan não cessavam de tocar. Até o celular pessoal dele não teve sossego. Eram políticos ligados a ele, que apoiavam sua administração, buscando uma explicação para a resolução inédita em Macapá. Furlan não atendeu a todos, apenas aos mais significativos, como Acácio Favacho. Procurou tranquilizar o parlamentar, assegurando que voltaria a integrar os indicados dele na folha de pagamento. Segundo informações obtidas pela equipe de reportagem do portal REGIÃO NORTE NOTÍCIAS, Antônio Furlan ouviu uma torrente de palavrões antes de desligar o seu telefone móvel.