Caso Francisca Favacho: Furlan pede votos a filha da empresária que ganhou um contrato de 300 milhões de reais em sua gestão.

Caso Francisca Favacho: Furlan pede votos a filha da empresária que ganhou um contrato de 300 milhões de reais em sua gestão.

Por Redação 

 

O prefeito Antônio Furlan tem usado de malabarismo político para agradar todos os candidatos a vereador de sua base aliada, mas nos bastidores se comenta da insatisfação de alguns postulantes, por ele estar priorizando a campanha de Luany Favacho, irmã dos deputados Acácio e Júnior Favacho e filha da ex-deputada Francisca Favacho, dona da empresa que teve homologado contrato de R$ 299,5 milhões, o maior da história de Macapá, para asfaltar e requalificar ruas e avenidas da capital do Amapá.

 

A homologação do contrato foi publicada no Diário Oficial da União em 15 de agosto último. A empresa Cimentos do Norte tem capital social de R$ 6 milhões e iniciou suas atividades em 2017. Desde o início, conforme demonstra certidão no site da Receita Federal, a sócia-administradora é a ex-deputada estadual Francisca Favacho.

O que salta aos olhos é justamente o valor destinado a um único contrato. Para uma única empresa o prefeito de Macapá destinou cerca de 20% do orçamento municipal, que para 2024 foi estimado em R$ 1.620.915.488,62.

 

Só para se ter uma ideia do que isso representa, os valores gastos em contratos de pavimentação nunca ultrapassaram 4% do orçamento municipal até 2020, mas quadruplicaram o valor desde 2021. E mais, todos direcionados a uma única empresa. 

 

A empresa Cimentos do Norte iniciou seu vínculo com a atual administração por meio do CONTRATO Nº 77/2022 -SEMOB/PMM, que foi objeto de sucessivos aditivos. Não é possível verificar quanto a empresa faturou nos anos de 2021 e 2022 pois a Prefeitura de Macapá se encarregou de retirar do ar os dados do Portal da Transparência. Atualmente só constam dados referentes a 2023 e 2024, pra ser mais preciso, de 02/01/2023 a 30/08/2024. 

 

Mas por meio destes dados é possível verificar a farra com o dinheiro público, o que explica o rombo de R$ 332 milhões nas contas públicas de Macapá, conforme amplamente divulgado pela imprensa.