Subsecretário de Furlan preso pela Policia Federal tinha denúncia de assédio contra professoras desde 2023, no Macapaba
Por Redação
Figura de prestígio da gestão e da campanha de Furlan a reeleição, em Macapá, Jesaias Silva da Silva, conhecido como Jesa, captura pela Polícia Federal, durante a Operação Herodes, deflagrada na sexta-feira, 20, foi denunciado por professoras da Creche Eliana Azevedo, localizada no Macapaba, por assédio moral, em 2023, quando realizaram uma manifestação vestidas de preto.
Uma situação que o prefeito Furlan não tomou providência, tendo apenas o afastamento de Jesa de suas atividades na gestão, acontecido agora com a prisão decretada pela Justiça Federal.
Confira a manifestação das professoras em 2023.
Em um ato corajoso, professoras da Creche Eliana Azevedo, localizada no Macapaba, decidiram se vestir de preto e tirar fotos de costas, na tentativa de preservar suas identidades enquanto denunciam um ambiente de trabalho marcado pelo medo, ameaças e ingerência política.
Desde a sua inauguração, a Creche Eliana Azevedo tem sido palco de uma gestão indicada por aliados do prefeito Furlan. No entanto, essa indicação nem sempre se traduz nos melhores interesses das crianças atendidas na instituição. A atual gestora da creche é uma indicação direta de um dos principais aliados do prefeito, Jesaias Silva e Silva, também conhecido como “Jesa” no bairro e que ocupa o cargo de Sub-secretário de Zeladoria Urbana.
A influência política do Subsecretário tem se refletido negativamente no ambiente de aprendizagem das crianças da Creche Eliana Azevedo. Profissionais que atuam na creche enfrentam diversas dificuldades, como a falta de merenda e de material de apoio pedagógico para o desenvolvimento das atividades. O que é ainda mais alarmante é que esses profissionais são silenciados por medo de retaliações.
As ameaças são uma constante na rotina das professoras, que têm receio de serem devolvidas para a secretaria de educação em virtude de muitas estarem em estágio probatório. Em casos de mobilizações em busca de melhores condições de trabalho, em vez de diálogo, esses profissionais são ameaçados com o corte de ponto, impedindo qualquer tentativa de negociação.
Além disso, a influência política na creche é tão forte que a instituição é cedida para eventos externos que não fazem parte da pauta pedagógica, resultando na suspensão das aulas e na dispensa dos profissionais, que se veem obrigados a atender às demandas daqueles que exercem controle sobre a instituição.
O caso da Creche Eliana Azevedo coloca em evidência não apenas os desafios enfrentados pelas professoras, mas também a necessidade de investigação e transparência no sistema educacional do município. As professoras corajosas que denunciaram essas práticas esperam que sua voz seja ouvida e que medidas sejam tomadas para garantir um ambiente de ensino adequado às crianças da comunidade. (Portal TV Tucuju)