População revoltada: Prefeito Furlan causa caos no trânsito de Macapá

Por Redação 

 

O excesso de exposição midiática do prefeito de Macapá, Antônio Furlan (Podemos), foi um dos assuntos recentemente tratados pelo vereador Pedro DaLua (PSC), em seu programa "Na boca do povo", transmitido pela TV Macapá, Canal 4. O tema surgiu quando o apresentador passou a falar sobre o caos instalado no trânsito com o fechamento da ponte Sérgio Arruda, no bairro do Pacoval, importante junção para a zona norte da capital do Estado.
Para o social-cristão, Furlan exagera ao exibir sua imagem em vídeos sobre qualquer ação patrocinada pela Prefeitura de Macapá, deixando de lado quem entende do assunto, a exemplo da diretora-presidente da Companhia de Transportes e Trânsito de Macapá (CTMac), Patrícia Barbosa, a pessoa certa para dialogar sobre as mudanças no tráfego por conta das obras de construção da nova ponte.
No entender de DaLua, fica evidente a necessidade de Antônio Furlan ocupar todos os espaços de mídia da PMM "como se ele estivesse desesperado para aparecer, mesmo a notícia sendo ruim". Para embasar seus comentários no programa "Na boca do povo", DaLua veiculou alguns vídeos em que o prefeito de Macapá "ataca de engenheiro de trânsito" e acaba alvo de uma enxurrada de críticas feitas por motoristas inconformados com a desordem no trânsito para quem quer entrar ou sair da zona norte de Macapá.
Para arrematar, Pedro DaLua recomenda a Antônio Furlan que renuncie ao cargo de prefeito, abrindo vacância para a vice-prefeita Mônica Penha (MDB), mande o vereador Caetano Bentes de volta à Câmara de Vereadores e assuma o lugar de Bentes na Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), onde, conforme o apresentador de TV, seria o lugar ideal para Antônio Furlan. "Prefeito, faça um favor a todos nós: deixe a Mônica tomando conta da Prefeitura e assuma a Fumcult. Já que o senhor gosta tanto de gastar com regabofes, vá cuidar somente disso." 
Em entrevista exclusiva ao portal REGIÃO NORTE NOTÍCIAS, o sociólogo e pesquisador Andino Gomes, 32 anos, explicou que a utilização dos meios de comunicação oficiais para promover agendas políticas é uma questão preocupante que afeta os interesses da sociedade. "Esta prática envolve a utilização de recursos do contribuinte para anunciar realizações pessoais e obter o apoio do público. Embora possa parecer uma estratégia eficaz para o prefeito que procura a reeleição, levanta questionamentos sobre a utilização responsável do dinheiro dos impostos e a potencial manipulação da opinião pública."
Em outro trecho, Gomes assinala que um dos principais problemas com os gestores que utilizam os meios de comunicação oficiais para promoção política é o uso indevido de recurso público. "O dinheiro do contribuinte deve ser usado para a promoção do bem-estar comum, não para ganho pessoal ou autopromoção. Quando o prefeito aloca dinheiro público para criar vídeos autopromocionais e enfatizar proezas mirabolantes, essencialmente está utilizando esta verba para promover a sua carreira política", completa.