O Mais Sorrisos, programa idealizado pela primeira-dama do Amapá, Priscila Flores, com amplo apoio do governo Clécio Luís, virou reportagem especial no programa Fantástico

Programa Mais Sorrisos na Terra Indígena Wajãpi repercute em nível nacional e é visto no mundo todo

O Mais Sorrisos, programa idealizado pela primeira-dama do Amapá, Priscila Flores, com amplo apoio do governo Clécio Luís, virou reportagem especial no programa Fantástico

Por Redação 

 

 

O Mais Sorrisos, programa idealizado pela primeira-dama do Amapá, Priscila Flores, com amplo apoio do governo Clécio Luís, virou reportagem especial no programa Fantástico, da TV Globo, exibido no domingo, 10 de julho. Ele foi criado especialmente para atendimento de quase dois mil indígenas na Terra Indígena Wajãpi, na Perimetral Norte, no município de Pedra Branca do Amapari, a 189 quilômetros de Macapá.

Contando com a articulação do senador Randolfe Rodrigues, cerca de 36 voluntários, sendo sete da ONG Doutores da Amazônia, desembarcaram em Macapá vindos de sete estados a bordo de uma das maiores aeronaves da Força Aérea Brasileira.

De 19 a 30 de junho, realizaram atendimentos não somente na área odontológica, mas, também, prestaram assistência especializada em farmácia, ginecologia, psicologia, enfermagem e pediatria. Nas duas semanas de permanência entre os Wajãpi, atuaram ainda na distribuição de óculos de graus e medicamentos.

Antes de embarcarem para a Terra Indígena Wajãpi, no domingo, 18 de junho, os participantes do programa, principalmente aqueles que ainda desconheciam a realidade da Amazônia pertencente ao Amapá, estavam ansiosos pelo início da ação. O oftalmologista Tulio Loyla era um deles. Em entrevista ao repórter Pedro Vedova, falou em limites da "medicina dos caraíbas" (como os povos tradicionais chamam os não indígenas) no decorrer dos contatos. "Precisamos saber receber e saber respeitar", salientou ele.

O repórter narra a visão que os voluntários tiveram do Amapá, enquanto sobrevoavam a região, a bordo do avião da FAB. Segundo explicou, ficaram sobremodo surpresos ao perceberem que o Amapá é uma ilha batizada com nome indígena, tendo dois significados: o lugar da chuva ou terra que acaba.

O jornalista da TV Globo só não acrescentou que o Amapá está bem mais conectado com a União Europeia do que com o restante do Brasil. 

Outro aspecto destacado na reportagem exibida no Fantástico foi o longo deslocamento de indígenas por dentro da reserva, num percurso que durou 12 dias, sacrifício feito "só pelo atendimento", segundo estimativas informadas por Vedova; quase mil indígenas peregrinaram pela floresta "até sentirem o chão duro de barro".

Cacique da aldeia Aramirã, Kumore Wajãpi surgiu na reportagem soprando uma flauta para chamar Tucano, pássaro de bico grande e colorido, cultuado pelos povos tradicionais da América do Sul. Kumore disse que aprendeu a tocar o instrumento com o pai dele, mas, atualmente, vem encontrando dificuldades para transmitir o conhecimento aos curumins de sua tribo. "Eles não querem aprender a tocar flauta", disse ele, com o semblante contrito.

Nas imagens seguintes, o cinegrafista que acompanha Vedova enquadra um equipamento de som tocando música de branco que, em vez de atrair tucano, espanta o bicho para bem longe dos cachos de açaí, um dos alimentos dele.

A verdade é que a ação do governo amapaense, impulsionado pelo dinamismo da primeira-dama Priscila Flores, resultou positiva para os Wajãpi, há muito carentes de atendimentos em áreas nevrálgicas da Medicina.