Governador Clécio leva toda estrutura do governo para ajudar as famílias do Bailique, enquanto, Furlan gasta fortuna em artistas caros e de fora

Por Redação 

Desde a sexta-feira, 23, o Governo do Amapá garantiu atendimento a mais de 1,8 mil famílias, com entregas de cestas de alimentos, caixas d água e hipoclorito, além de serviços de saúde, vacinação, emissão de documentos, entre outras ações. 

Em outra frente, o governador Clécio Luís comanda uma força-tarefa para restabelecer a energia elétrica no arquipélago, que está há 30 dias sem eletricidade por conta da queda de postes, devido à erosão. A CEA Equatorial informou que trabalha numa extensão de 3 quilômetros na instalação de postes e cabeamento de energia para resolver de maneira emergencial o problema.

O Arquipélago do Bailique, no Amapá, composto por 52 ilhas e 36 comunidades, está completamente abandonado pelo prefeito Antônio Furlan (Podemos), atualmente mais preocupado em bancar patuscadas e estimular carraspanas entre os jovens macapaenses.

Enquanto usa o dinheiro público para pagar cachês estratosféricos de artistas como Wesley Safadão, Pitty, Bloco Parangolé e Fernanda Brum, as populações do Bailique padecem sem água potável, atendimento em saúde pública, escassez de alimentos, escolas em ruínas.

Tudo poderia ser diferente no arquipélago, argumentam habitantes mais antigos, se Antônio Furlan, responsável pelas vidas de aproximadamente dez mil moradores, empregasse recursos para garantir à população do arquipélago mais qualidade de vida.

Contudo, o prefeito Furlan não gosta nem de falar em Bailique, comentam. Foge do assunto como o diabo foge da cruz. Aliás, assinalam vereadores de oposição na Câmara de Macapá, faz muito tempo que o prefeito não visita às comunidades bailiquenses. E pela empolgação dele com as esbórnias que vem patrocinando com o dinheiro do contribuinte macapaense, dificilmente deve botar os pés na região.

Quando esteve no arquipélago, uma equipe do programa Profissão Repórter, da TV Globo, ficou surpresa com o nível de descaso para com os habitantes. Na ocasião, abril de 2023, os jornalistas constataram que as 52 ilhas eram atendidas por apenas uma UBS, que fica em Vila Progresso, e que contava com maior infraestrutura. Se algum morador precisar de cuidados hospitalares, comprovaram eles, será obrigado viajar cerca de 12 horas de barco até Macapá.

Na CMM, comentam que o prefeito zombou da reportagem. Tratou como "armação de inimigos políticos" o que foi exibido em rede nacional. Nos bastidores do Palácio Laurindo Banha, sede do governo municipal, o suposto boato circulante nos corredores do legislativo ganha formato de fato. Fonte consultada pelo site REGIÃO NORTE NOTÍCIA confirmou o comportamento enviesado de Antônio Furlan.

"Ele não perde por esperar; 2024 está chegando, e é ano de eleição", ironiza ex-comerciante do Bailique em conversa com a reportagem. De tanto sofrimento, vendeu a catraia com que ganhava o sustento, entregou a casa aos cuidados de parentes e se transferiu com mulher e filho para Macapá, onde sobrevive como faxineiro e limpador de quintais.