Até tu, Brutus? Prefeito Furlan planeja demitir a própria esposa para garantir apoio político para sua reeleição
Por Redação
O prefeito de Macapá, Antônio Furlan (Podemos), está em situação difícil. Em outras palavras, ele é como uma bola de sinuca enfiada em uma caçapa sem ângulo para acertar as outras bolas. Com 2024 em andamento, ano de eleições municipais no Brasil, ele precisará fazer algumas mudanças importantes dentro da estrutura executiva para desocupar cargos de alto escalão, considerados cruciais, como o de sua própria esposa, Rayssa Cadena Furlan, titular da Secretário de Mobilização e Participação Popular (SMMPP). O plano é criar essas vagas para utilizá-las como instrumentos de negociação e oferecê-las a futuros aliados ou seus indicados, que supostamente serão essenciais na sua suposta reeleição.
Porém, a questão é a resistência de Rayssa em sair do cenário político, mesmo que temporariamente, e retornar ao seu simples papel de médica. De acordo com informações exclusivas obtidas pelo portal REGIÃO NORTE NOTÍCIAS, fontes próximas à primeira-dama da capital do Amapá relataram que ela não está nada satisfeita com as potenciais alianças que podem surgir de reuniões privadas frequentes no principal gabinete do Palácio Laurindo Banha, sede político-administrativa da principal cidade do Amapá.
Uma dessas conversas um tanto sigilosas envolveu o ex-deputado federal Camilo Capiberibe (PSB), que foi anunciado por alguns destacados membros do partido no Amapá como provável pré-candidato a prefeito de Macapá. Esta informação não é definitiva e não é a crença de quem tem laços estreitos com o presidente do partido no estado, o ex-senador João Alberto Capiberibe, que atualmente está mais interessado em produzir vinho de açaí e divulgar os rótulos (Mãe do Mundo, Brilho de Fogo, Amazônia Forever, Curiaú e Flor da Samaúma) de sua vinícola.
Aos 76 anos, Capiberibe acredita que seu tempo como figura-chave da política amapaense ainda não acabou. No entanto, atualmente prefere focar nos seus empreendimentos empresariais e deixar as recompensas e desafios da política partidária para o filho, Camilo. Este é o ponto crucial. Apesar de se posicionar como mero observador, há quem especule que o “Velho Capi” trabalha nos bastidores para garantir posições de maior influência para o rebento E nesse sentido, a Secretaria de Mobilização e Participação Popular (SMMPP), atualmente sob a liderança de Rayssa Furlan, alinha-se perfeitamente aos ambiciosos planos do líder do pessebismo amapaense.
Em seu círculo mais próximo, Antônio Furlan é conhecido por raramente contradizer a esposa, Rayssa. Porém, ao considerar a possibilidade de demiti-la e entregar o SMMPP à família Capiberibe, gerou um revés familiar, surpreendendo os mais próximos que ainda não haviam presenciado nenhum desentendimento entre o casal.
A questão é que Rayssa é contra o esquema idealizado pelo marido para fortalecer o acordo com os Capiberibe e tentar reconstruir a coalizão que abriu caminho para a vitória na campanha eleitoral de 2020. No entendimento dela, os Capiberibe permanecem na base de apoio do prefeito, esperando que ele cometa um erro para iniciarem um processo de impeachment na Câmara Municipal, liderado pela vereadora Janete Capiberibe, esposa de João Capiberibe.
Furlan acredita que sua esposa tem motivos para duvidar da coalizão formada em 2020, mas prefere acreditar que sem o apoio desses políticos influentes seu caminho para a reeleição estará repleto de enormes obstáculos. Além disso, importantes aliados que o prefeito teve durante as eleições de 2020 o abandonaram em meio a uma furiosa tempestade, resultando em trocas de insultos e acusações mútuas.
Politicamente, Antônio Furlan está enfraquecido, como uma bola de sinuca encurralada na caçapa.